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Telefónica vai sair da Telecom Italia após compra da GVT

Apesar de considerar que a Telefónica aprendeu muito e que a experiência foi "fenomenal", o presidente da operadora espanhola explicou que o principal obstáculo para o sucesso da parceria entre as duas empresas foi o facto de "não sermos italianos".

01 de Setembro de 2014 às 15:40
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A Telefónica pretende deixar a Telecom Italia quando a compra da brasileira GVT ficar fechada, assinalou o presidente da operadora espanhola esta segunda-feira, 1 de Setembro.

 

"Sim, queremos deixar o capital da Telecom Italia", disse Cesar Alierta durante uma conferência de empresas de telecomunicações em Espanha, citado pelo Expansíon. 


"Após a operação da GVT a mensagem é clara, não queremos permanecer na Telecom Italia", sublinhou. A Telefónica entrou no capital da italiana no ano de 2007. 

 

César Alierta explicou que o principal obstáculo para o sucesso da parceria entre as duas empresas foi o facto de "não sermos italianos". 

 

Todavia, considera que a aventura em terras italianas serviu para a Telefónica "aprender muito" e que a "experiência muito interessante" reafirma a empresa "como uma companhia fenomenal".

 

A Telefónica e a Telecom Italia estão a competir directamente pela compra da brasileira GVT. A sua dona, a francesa Vivendi, aceitou a oferta da Telefónica e rejeitou a da Telecom Italia.

 

A operadora espanhola oferece 7,4 mil milhões de euros, com 4,6 mil milhões em efectivo. O restante, 2,8 mil milhões de euros vão ser pagos através de acções correspondentes a 12% da Telefónica Brasil.

 

A oferta da Telefónica feita à GVT envolve também acções da Telecom Italia, conforme explicou César Alierta.

 

"Na oferta que fizemos à Vivendi dissemos-lhes que, se quiserem, lhes damos as acções da Telecom Italia. Isto é claro como água. A mensagem é claríssima, fizemos uma emissão de convertíveis nas acções da Telecom Italia e agora fizemos esta oferta à Vivendi", afirmou Cesar Alierta.

 

O CEO de Telefónica fez parte da administração da empresa até ao final de 2013, quando saiu como consequência da imposição do regulador brasileiro, Cade, devido à presença da Telefónica e da Telecom Italia no Brasil.

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