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Situação na Ucrânia suplanta dados económicos positivos e penaliza Wall Street
Apesar dos novos dados sobre a economia norte-americana terem ficado acima das estimativas, o agravar da crise na Ucrânia, após acusações de uma invasão russa ao sudeste do país, sobrepuseram-se e estão a penalizar as praças norte-americanas.
O índice Standard & Poor’s 500, que esta quarta-feira encerrou a registar novo máximo histórico, depois de duas sessões consecutivas em que encerrou acima da barreira dos 2 mil pontos, abriu o dia a cair 0,4% para 1.992,69 pontos.
O Nasdaq e o Dow Jones acompanham a tendência de queda, com o primeiro a cair 0,41% para 4.550,855 pontos e o segundo a deslizar 0,40% para 17.053,78 pontos.
As preocupações em torno da situação na Ucrânia ensombraram a abertura das praças norte-americanas. Esta quinta-feira, o Presidente ucraniano Poroshenko acusou Moscovo de ter invadido o sudeste do país. Kiev pediu novas sanções económicas contra a Rússia, e tanto a Alemanha como a França, revela a Bloomberg, ameaçam o Presidente russo Vladimir Putin com novo agravar de sanções.
A situação geopolítica internacional acabou por se revelar mais determinante, na análise dos investidores, do que os mais recentes dados da maior economia mundial. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento de Comércio norte-americano, o produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos avançou 4,2% no segundo trimestre, acima das estimativas que apontavam para uma subida de 4%.
Já o número de pedidos de subsídios de desemprego também caiu na semana anterior. Os pedidos desceram para 298 mil na semana anterior, que compara com os 299 mil registados na semana que a havia antecedido.
Entre as cotadas que surgem a liderar as perdas na sessão estão duas marcas de roupa. A Abercrombie perde 5,52% para 41,76 dólares após ter revelado que as vendas comparáveis caíram 7% no segundo trimestre. Os analistas estimavam uma descida de apenas 4,1%.
Também a Guess desce 7,76% para 23,65 dólares depois de ter revisto em baixa a previsão de lucros ajustados para o ano de 2014. A nova previsão aponta para lucros entre 1,05 e 1,20 dólares por acção, abaixo da estimativa feita em Maio que previa lucros entre 1,40 e 1,60 dólares por acção. Os analistas estimavam lucros de 1,46 dólares por acção.
Também a Williams-Sonoma abriu a sessão a deslizar 9,76% para 67,5801 dólares após rever as projecções de lucros no terceiro trimestre. A nova previsão de lucros, entre 58 e 63 cêntimos por acção, ficou abaixo da estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg que apontava para lucros de 66 cêntimos.
(Notícia actualizada às 14h55m)