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Rússia quer pagar dívida em rublos após fim da exceção para aceder a dólares

Moscovo anunciou que vai avançar com as transferências para credores estrangeiros, afastando a perspetiva de "default".

Lusa_EPA/reuters
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A Rússia quer reembolsar a dívida que detém em moeda estrangeira usando a moeda nacional, o rublo. A exceção que permitia ao regime de Vladimir Putin pagar cupões e reembolsar obrigações com dólares chegou ao fim esta quarta-feira, deixando Moscovo à beira do "default" financeiro.

O ministro das Finanças russo, 
Anton Siluanov, explicou que pretende usar rublos para pagar aos credores por considerar que o expirar da exceção dos EUA significa que Moscovo já não pode pagar em dólares. Assim, anunciou que serão feitas as transferências devidas para investidores estrangeiros, que poderão ter acesso aos fundos através da comissão de liquidação russa.

Desde as primeiras sanções contra a Rússia, o Departamento de Tesouro norte-americano, liderado por Janet Yellen, tinha concedido aos bancos uma autorização para processar qualquer pagamento de títulos de dívida da Rússia. Prevista no âmbito das drásticas sanções impostas a Moscovo devido à invasão da Ucrânia, a exceção chegou ao fim às 05h01 desta quarta-feira (hora de Lisboa), dois dias antes do próximo prazo de pagamento da Rússia.
Até agora, a Rússia tem conseguido evitar um incumprimento de pagamentos depois de em finais de abril ter pago à última hora os juros de dois Eurobonds com vencimento em 2022 e 2024 no valor de 649,2 milhões de dólares, depois de ter recorrido às suas reservas em dólares. Primeiro tentou pagar os juros em rublos através do depositário russo NSD, o qual foi rejeitado pela depositária internacional Euroclear.

Em 1 de fevereiro, a dívida pública externa da Rússia totalizava 59.500 milhões de dólares, incluindo 38.970 milhões de dólares em empréstimos obrigacionistas externos. No total, a Rússia tem, atualmente, 15 empréstimos obrigacionistas a decorrer com vencimentos entre 2022 e 2047.
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