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Regulador do Reino Unido diz "não ser capaz" de regular operações da Binance

A FCA divulgou um documento em que mostra que a Binance não divulgou os dados requeridos pelo regulador, pelo que não consegue, sequer, regular a sua operação. Em julho, a mesma entidade deu uma nega à criação de uma subsidiária britânica.

A Binance é a maior corretora de criptomoedas em todo o mundo. Só nas últimas 24 horas transacionaram-se 65 mil milhões de euros.
Dado Ruvic/Reuters
25 de Agosto de 2021 às 20:57
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O regulador do mercado no Reino Unido diz que está a ser "incapaz" de lidar com a supervisão da operação da Binance Holdings no país, depois de várias semanas a tentar recolher mais informações sobre a operação comercial e a estrutura corporativa da empresa, mas sem sucesso. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, dia 25 de agosto, pela própria FCA (Autoridade de Conduta Financeira), num documento de onze páginas.

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Com base no compromisso da empresa [Binance] até o momento, a FCA considera que a empresa não é capaz de ser supervisionada de forma eficaz. Isto é particularmente preocupante no contexto da adesão da Empresa a um Grupo global que oferece produtos financeiros complexos e de alto risco, que representam um risco significativo para os consumidores", pode ler-se na mesma nota.

A Binance, atualmente maior corretora de criptomoedas em volume de transações em todo o mundo, tem estado sob forte pressão por parte dos reguladores em todo o mundo, num movimento que começou a ganhar forma pela mão da própria FCA, em julho deste ano.

Na altura, o regulador do Reino Unido proibiu todas as empresas do grupo de operarem no país, mas apesar de os reguladores nestas geografias estarem a fechar a porta a esta corretora low cost, os investidores continuam a conseguir olhar pelo buraco da fechadura.

Isto porque, apesar de os esforços para travar o uso desta plataforma, os reguladores estão apenas a negar autorização às subsidiárias da Binance. O que acontecia no Reino Unido é que a Binance Markets Limited estaria a tentar registar-se junto dos reguladores, tal como acontece nos EUA com a Binance.US, só que o acesso foi negado.

O que aconteceu no Reino Unido não impedia os utilizadores de continuarem a usar o site global, o binance.com, para investir em criptoativos, como explicou, na altura, a empresa, em declarações ao Negócios. Até porque este site está registado em nome do Binance Holdings, com sede nas Ilhas Caimão.

A esta lista juntaram-se recentemente nomes como Itália, Espanha e Países Baixos. A italiana Commissione Nazionale per le Società e la Borsa (Consob) alertou esta sexta-feira que a plataforma não está autorizada a operar no país, seguindo os passos dados pela espanhola Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) no dia anterior. No passado dia 15 de julho, também o regulador nos Países Baixos alertou que as empresas pertencentes ao Grupo Binance não estão autorizadas a prestar serviços e atividades no país.
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