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Binance vai duplicar equipa legal à medida que regulação aperta. "Não temos feito tudo bem"

O CEO da maior corretora de criptomoedas do mundo avisou os clientes, através de uma publicação no blog da empresa, que iria duplicar a equipa para as questões legais até ao final deste ano. Este comunicado surge um dia depois de a empresa suspender os depósitos em euros.

Bloomberg
07 de Julho de 2021 às 14:15
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O fundador e atual CEO da Binance, Changpeng Zhao, admite que a empresa não tem feito "tudo de forma correta" desde a sua criação, em 2017, mas que tem estado a adaptar-se a toda a regulação, que tem apertado nas últimas semanas sobre esta que é a maior corretora de criptomoedas do mundo.   

Numa publicação no blog da empresa, que surge um dia depois de a Binance ter anunciado a suspensão dos depósitos em euros, o líder diz que a "Binance tem crescido muito rápido e não temos feito tudo da forma exatamente correta, mas estamos a aprender e a melhorar a cada dia".

"Esperamos esclarecer e reiterar nosso compromisso com os reguladores e estamos a contratar proativamente mais talentos, implementando mais sistemas e processos para proteger os nossos utilizadores", acrescenta Zhao, dizendo que pretende duplicar o tamanho da equipa que trata das questões legais até ao final de 2021, numa altura em que a indústria enfrenta uma "grande incerteza".

Ontem à noite, Binance alertou os seus clientes que suspendeu os depósitos em euros através de transferência bancária para a sua plataforma, devido a "fatores fora do seu controlo". No mesmo e-mail que foi enviado a todos os clientes, e a que o Negócios teve acesso, a empresa afirma que esta suspensão entrava em vigor a partir das 09:00 horas desta quarta-feira, dia 7 de julho.

A corretora alerta ainda que "qualquer depósito via SEPA que se realize entretanto será devolvido com o prazo de 7 dias úteis". Mais indica que os clientes "poderão continuar a fazer depósitos de euros e/ou a comprar criptomoedas através de cartões de débito ou crédito na Binance". 

Nas últimas semanas, o escrutínio tem aumentado de tom sobre a Binance. A lista de países que negaram autorizações a subsidiárias que pertencem à casa-mãe Binance Holdings – como a Binance Markets Limited, em Londres – tem aumentado. Ao Reino Unido junta-se Canadá, Singapura e Japão.

Mas, apesar de os reguladores nestas geografias estarem a fechar a porta a esta corretora, os investidores continuam a conseguir olhar pelo buraco da fechadura.

Isto porque, apesar de os esforços para travar o uso desta plataforma, os reguladores apenas estão a negar autorização às subsidiárias da Binance. O que acontecia no Reino Unido é que a Binance Markets Limited estaria a tentar registar-se junto dos reguladores, tal como acontece nos EUA com a Binance.US, só que o acesso foi negado.

O que não significa que os utilizadores não possam continuar a usar o site global, o binance.com, para investir em criptoativos, como explicou a empresa, em declarações ao Negócios feitas na semana passada. Até porque este site está registado em nome do Binance Holdings, com sede nas Ilhas Caimão.
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