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Real sobe 10% com expectativas de novos empréstimos do FMI (act)

O real interrompeu hoje um série de nove sessões de quedas, registando uma valorização de quase 10%, na expectativa que o FMI conceda novos empréstimos para ajudar a maior economia da América Latina e beneficiando das declarações de O’Neill.

01 de Agosto de 2002 às 21:32
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(actualiza cotação do real)

O real interrompeu hoje um série de nove sessões de quedas, registando uma valorização de quase 10%, na expectativa que o FMI conceda novos empréstimos para ajudar a maior economia da América Latina e beneficiando das declarações de O’Neill.

O real conseguiu avançar 9,9%, com cada dólar a valer 3,1175 reais, face aos 3,6 reais da véspera, que representavam um novo mínimo histórico da moeda brasileira.

A justificar esta subida está o inicio das conversações entre o Fundo Monetário Internacional e as autoridades brasileiras, às quais o FMI considerou ter sido um «bom começo» para resolver a situação económica do Brasil.

O presidente do Banco Central do Brasil também anunciou estar optimista com as conversações, referindo ainda que o banco poderá intervir no mercado para defender a moeda brasileira.

As declarações do secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, também ajudavam o real. Depois de no Domingo ter receado que o dinheiro do FMI concedido ao Brasil fosse parar a contas bancárias na Suíça, O’Neill apoio hoje a realização de novos empréstimos ao Brasil.

O Brasil já recebeu um empréstimo de 15 mil milhões de dólares do FMI e os economistas estimam que terá de receber mais 20 mil milhões de euros, para conseguir proceder aos pagamentos da sua dívida publica, calculada em um bilião de reais.

Euro sobe contra o dólar

No mercado de divisas o euro encetou hoje uma recuperação contra o dólar, apreciando 0,67% para os 0,9842 dólares.

A moeda única beneficiou das quedas nos mercados accionistas norte-americanos, onde as desvalorizações dos índices rondavam os 2%, e também dos indicadores económicos negativos.

Depois de ontem ter conhecido o abrandamento da economia norte-americana no segundo trimestre de 2002 e que esteve em recessão em 2001, hoje foi anunciado um abrandamento na indústria manufactureira no mês de Julho.

Por Nuno Carregueiro

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