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Raize vai passar a ter depósitos para atrair poupança nos grandes bancos

A fintech pretende passar a disponibilizar o acesso a depósitos a prazo junto de bancos nacionais, mas com taxas mais atrativas, ainda este ano.

Tiago Sousa Dias
07 de Fevereiro de 2019 às 14:31
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A Raize anunciou que pretende lançar ainda este ano o "marketplace" de depósitos, para captar parte da poupança aplicada nestes produtos que continuam a atrair o grosso da poupança dos portugueses. Com este lançamento, a fintech tem na mira sobretudo parte do dinheiro investido em depósitos junto dos grandes bancos e cuja remuneração atual é quase nula.


Em comunicado enviado esta quinta-feira, a Raize informa que através do "maketplace" de depósitos, os clientes vão poder abrir contas bancárias junto de bancos nacionais. De acordo com o documento partilhado pela fintech portuguesa, a oferta dos depósitos será definida pelos próprios bancos, que utilizarão a Raize para captar depósitos de retalho e diversificar as suas fontes de financiamento.


Ainda que os depósitos sejam realizados junto dos bancos nacionais, o objetivo é que as instituições ofereçam taxas mais atrativas. "Para os bancos mais pequenos que queiram captar depósitos, esta ferramenta pode ser extremamente útil. Em vez de investir tempo e dinheiro em publicidade e marketing, podem simplificar todo o processo e passar a vir à Raize oferecendo uma taxa de depósito mais atrativa", explica José Maria Rego, co-fundador da Raize.


Os depósitos a prazo continuam a atrair o grosso da poupança dos portugueses, com mais de 143 mil milhões de euros investidos nestes produtos, apesar das rendibilidades em mínimos históricos. "A maioria dos depósitos estão concentrados em 5 grandes instituições o que faz com que não haja incentivo a remunerar os aforradores. O marketplace de depósitos da Raize vai ser importante para canalizar recursos para instituições mais pequenas e fomentar a poupança dos portugueses", acrescenta o mesmo responsável, em comunicado.

Especializada no financiamento de pequenas e médias empresas, com 45 mil investidores, a Raize pretende com este passo entrar num outro segmento, depois de um ano em que os portugueses aplicaram mais de quatro mil milhões de euros em depósitos a prazo. "O mercado de depósitos é mais um passo que damos no sentido de ajudar as pessoas e as empresas a beneficiar cada vez mais do sistema financeiro", referem os fundadores da empresa.

A Raize explica ainda que o "marketplace" de depósitos vai utilizar o mecanismo da Chave Móvel Digital (CMD) para apoiar o processo de abertura de conta. "Celebrámos com a Agência da Modernização Administrativa (AMA) – tutelada pela Secretaria de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - um protocolo no início do ano para utilizar esta nova ferramenta de identificação de pessoas à distância. Trata-se de um mecanismo verdadeiramente inovador e que vai revolucionar a forma como interagimos com os serviços financeiros em Portugal", sublinha Afonso Fuzeta Eça.

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