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Queda do dólar leva ouro a máximo de onze meses
O outro avançou para o valor mais elevado desde Maio de 2006 no mercado londrino, com os investidores a apostarem nas “commodities” como forma de cobertura de risco perante a queda da divisa norte-americana, que recuou para mínimos de dois anos face ao eu
O outro avançou para o valor mais elevado desde Maio de 2006 no mercado londrino, com os investidores a apostarem nas "commodities" como forma de cobertura de risco perante a queda da divisa norte-americana, que recuou para mínimos de dois anos face ao euro.
A divisa norte-americana caiu para 1,36 dólares no câmbio contra a moeda única europeia, pela primeira vez desde Dezembro de 2004. Esta é a quinta sessão consecutiva de queda do dólar no câmbio face ao euro.
A desvalorização do dólar é justificada com dados económicos divulgados ontem nos EUA que sugerem que a maior economia do mundo está a abrandar, ao mesmo tempo que os dados da inflação sugerem que os preços no consumidor estão controlados, dando assim espaço à Reserva Federal para baixar a taxa de juro.
Estes dados vieram aumentar a especulação de que o abrandamento da inflação nos EUA leve os investidores a procurar investimentos em activos denominados em regiões onde as perspectivas apontem para aumento dos juros, como na Zona Euro.
Geralmente, o ouro apresenta uma tendência contrária à da divisa norte-americana. Esta "commodity" é vista pelos investidores como um refúgio perante a desvalorização do dólar.
"O principal ‘driver’ [para a subida da cotação do ouro] é os investidores estarem a comprar ouro como forma de risco perante a queda do dólar", afirmou Michael Widmer, analista da Calyon, à agência Bloomberg.
Neste contexto, o ouro, cotado no mercado londrino subiu um máximo de 0,7% na sessão de hoje, ou 4,60 dólares, para transaccionar nos 691,15 dólares por onça "troy", atingindo assim o valor mais elevado desde 12 de Maio do ano passado. O ouro regista uma valorização de 8,3% este ano, enquanto o dólar já recuou quase 3% face ao euro
Além do ouro, os outros metais preciosos também seguem a negociar em alta, na sessão de hoje. A prata subiu 1% para 11.035 dólares a tonelada métrica, enquanto a platina somou 0,9% para ser transaccionada nos 11,50 dólares por onça.