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Quase metade do investimento de Buffett está agora na Apple

O investidor norte-americano, dono da Berkshire Hathaway, tem 43% do seu investimento alocado na Apple, seguindo a sua teoria de encurtar a diversidade de investimentos.

6 Warren Buffett - Berkshire Hathaway (EUA)
reuters, bloomberg
11 de Julho de 2020 às 17:00
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Warren Buffett, conhecido investidor norte-americano, tem quase metade da carteira de ações da Berkshire Hathaway na tecnológica Apple (43%), contrariando a sua teoria de se afastar de títulos de tecnologia, uma vez que preferia dedicar-se apenas ao que realmente percebia, segundo o próprio. 

Apesar desta contradição, Buffett parece agora estar a levar à letra uma das suas outras teorias sobre investimento em ações: "a diversidade era uma proteção contra a ignorância". De acordo com o filantropo, "faz pouco sentido [diversificar os investimentos] se soubermos exatamente o que estamos a fazer". 

O recente aumento do seu portefólio para 214 mil milhões de dólares na Berkshire Hathaway evidencia que o investidor está a seguir o seu próprio conselho.

Graças ao ciclo de valorizações que a cotada liderada por Tim Cook tem vindo a protagonizar, o investidor norte-americano possui agora mais de 91,3 mil milhões de dólares de ações na cotada, o que equivale a 43% do portefólio total da Berkshire (213,6 mil milhões de dólares) que gere um conjunto de empresas subsidiárias, segundo os dados da Motley Fool. 

Nos últimos anos tem-se verificado que o investimento da Berkshire Hathaway se centra em muito poucos setores, sendo que mais de 80% dos seus ativos estavam alocados em apenas três, de acordo com a empresa de consultadoria. Contudo, dada a volatilidade recente nos mercados o dinheiro investido pela empresa dispersou-se ligeiramente. 

Ainda assim, Buffett mostra que não continua a ser adepto de grande volatilidade, dada a percentagem do seu bolo total investido apenas na Apple. 

Warren Buffett é há muito conhecido como o "Oráculo de Omaha" devido às suas previsões certeiras, tendo sempre aproveitado os momento de crise para fazer novos negócios. 

Contudo, a pandemia da covid-19 parece estar a ser desafiante para o conglomerado que lidera, a Berkshire Hathaway, que registou prejuízos de 49,7 mil milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano. Estes números comparam com lucros de 21,7 mil milhões de dólares registados pela 'holding', com sede em Omaha (Nebraska), em igual período do ano passado.

Recentemente perdeu terreno na lista dos mais ricos do mundo, ultrapassado pelos grandes nomes das Big Techs, o setor que mais beneficiou em ano de pandemia global.

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