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Buffett já tem um pé fora do topo da lista dos mais ricos do mundo
O famoso investidor, conhecido como o "Oráculo de Omaha" pelas suas previsões certeiras, está a perder lugares no ranking dos mais ricos para os grandes nomes da tecnologia.
Warren Buffett, o famoso guru dos mercados, está a perder terreno na lista dos mais ricos do mundo, ultrapassado pelos grandes nomes das Big Techs, o setor que mais beneficiou em ano de pandemia global.
O investidor doou esta semana mais 2,9 mil milhões de dólares em ações da Berkshire Hathaway, elevando o total das suas ofertas para 37 mil milhões de dólares desde 2006.
Nesta altura, a fortuna do guru está avaliada em 68,6 mil milhões de dólares, o que o coloca no oitavo lugar do índice de bilionários da Bloomberg, a sua posição mais baixa desde que este índice começou a ser compilado, em 2012.
Buffett perdeu destaque na lista muito rapidamente já que em junho ainda ocupava a quinta posição.
No entanto, nas últimas semanas, o milionário de 89 anos foi ultrapassado primeiro por Steve Ballmer, antigo CEO da Microsoft, e nos últimos dias pelos co-fundadores da Google Larry Page e Sergey Brin. O antigo responsável da Microsoft tem uma participação de cerca de 4% na empresa desde 2014, tendo visto o valor das ações a crescer mais do que cinco vezes desde então, e a sua fortuna aumentar para 76,5 mil milhões de dólares.
Estas mudanças consolidam ainda mais a posição de liderança do setor da tecnologia nas maiores fortunas do mundo: neste momento, seis das sete pessoas mais ricas do planeta devem a sua riqueza ao setor, incluindo o número 1, Jeff Bezos, que aumentou a sua fortuna em 68 mil milhões de dólares este ano, e Ballmer, que ganhou 18 mil milhões.
De acordo com a Bloomberg, o setor da tecnologia é o que apresenta melhor desempenho do índice em 2020, com uma subida de 25%.
Warren Buffett é há muito conhecido como o "Oráculo de Omaha" devido às suas previsões certeiras, tendo sempre aproveitado os momento de crise para fazer novos negócios.
Contudo, a pandemia da covid-19 parece estar a ser desafiante para o conglomerado que lidera, a Berkshire Hathaway, que registou prejuízos de 49,7 mil milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano. Estes números comparam com lucros de 21,7 mil milhões de dólares registados pela 'holding', com sede em Omaha (Nebraska), em igual período do ano passado.