Após cinco sessões em alta, a Portugal Telecom registou esta terça-feira, 4 de Novembro, a maior queda de fecho desde 9 de Outubro passado. A empresa liderada por João Mello Franco caiu, durante a sessão, um máximo de 12,42% para negociar em 1,192 euros e fechou o dia a perder 12,05% para 1,197 euros.

Esta foi a maior queda desde 9 de Outubro passado, dia em que Zeinal Bava anunciou a saída da presidência executiva da Oi, e a quarta maior desde que a PT está cotada em bolsa, ou seja, desde Junho de 1995. Foram negociados 19,20 milhões de acções.

Esta queda ocorre após cinco sessões consecutivas em alta, em que a PT SGPS beneficiou das manifestações de interesse pela PT Portugal. No domingo à noite, os franceses da Altice formalizaram a intenção de comprar a operadora portuguesa o que levou as acções da PT SGPS a disparar 11% na sessão de segunda-feira.

A oferta também beneficiou as acções da Oi. Os títulos da operadora brasileira ganharam mais de 10%. Na sessão de hoje, os títulos da Oi seguem a perder 2,99% para 1,30 reais. 

Passada a euforia desta segunda-feira, os títulos da PT SGPS, que detém directa e indirectamente 39% da Oi, e da operadora brasileira regressaram às quedas. O mercado aguarda que surjam mais interessados em adquirir a PT Portugal e que a empresa brasileira receba uma oferta mais elevada pelos seus activos em Portugal.

"Acreditamos que a probabilidade de a Oi receber uma oferta mais elevada irá aumentar e nesse sentido não ficaríamos surpreendidos em ver alguma relutância de alguns accionistas da Oi em aceitarem esta oferta da Altice", prevê a unidade de "research" do BESI.

O Negócios noticia esta terça-feira que os accionistas da PT SGPS estão dispostos a impedir uma venda da PT Portugal a qualquer custo, visando mostrar que não é um processo de decisão único da Oi, apesar de ser a empresa brasileira a deter a 100% a PT Portugal, que é a empresa operacional no mercado português.