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PT pressionada por sector europeu arrasta bolsa nacional

A bolsa nacional desvalorizava pressionada pela PT, que hoje tocou no nível mais baixo de Novembro de 2003, um factor que os analistas consultados pelo Jornal de Negócios Online justificam pelo sentimento negativo vivido no sector europeu. O PSI-20 caía 0

28 de Outubro de 2005 às 12:27
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A bolsa nacional desvalorizava pressionada pela PT, que hoje tocou no nível mais baixo de Novembro de 2003, um factor que os analistas consultados pelo Jornal de Negócios Online justificam pelo sentimento negativo vivido no sector europeu. O PSI-20 caía 0,54%, acompanhando a tendência das congéneres europeias.

O principal índice nacional [psi20] cedia para os 7.741,72 pontos, numa altura em que 10 dos 20 títulos que compõem o índice depreciavam, cinco subiam e os restantes cinco subiram.

A Portugal Telecom (PT) [ptc] desvalorizava 1,48% para os 7,34 euros, depois de ter tocado no valor mais baixo desde Novembro de 2003. A queda da operadora nacional está relacionada essencialmente com o sector europeu, explicam analistas consultados pela Jornal de Negócios Online.

«Há um sentimento negativo geral no mercado» afirma Pedro Correia da Silva, operador da Título, o que está a influenciar o comportamento da PT.

A France Télécom reviu ontem em baixa as estimativas para os resultados de 2005 e estas notícias «prejudicam quer a Telefónica quer a nossa operadora», explicou Luis Duarte, do CaixaBI. O analista acrescentou a subsidiária brasileira, a Vivo, «apesar continuar a perder quota de mercado», os resultados «tiveram uma melhor margem EDITDA» do que anteriormente observada, o que são boas notícias.

«A margem EBITDA situou-se ligeiramente acima das nossas estimativas, tendo atingido 28% (vs 27% estimado) o que, apesar de representar um decréscimo de 3,6 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre homólogo, significa uma recuperação de 7,5 p.p. em relação ao trimestre anterior», segundo um «research» do CaixaBI.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] recuava 0,43% para os 2,31 euros, depois da eléctrica ter anunciado ontem, após o fecho do mercado, que obteve resultados líquidos de 353,4 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, um valor que ficou acima do obtido no mesmo período do ano passado, mas abaixo da média das previsões dos analistas.

O Banco Comercial Português (BCP) [bcp] depreciava 0,48% para os 2,09 euros. A instituição liderada por Paulo Teixeira Pinto registou ontem a maior queda de fecho desde Janeiro de 2004 e durante a sessão chegou a deslizar mais de 8%, depois do banco português ter sido um dos dois seleccionados para a aquisição do romeno BCR.

A decisão final do Governo romeno sobre a quem vai vender este banco só será conhecida em Novembro, mas a possibilidade do BCP ter que efectuar um aumento de capital para financiar esta aquisição assustou os investidores, tendo mesmo levado vários analistas a efectuarem comentários negativos

O núcleo duro do BCP, representativo de cerca de 40% do capital, já deu indicações de que acorrerá ao eventual aumento de capital necessário para adquirir 61,9% do Banca Comerciala Romana (BCR), não se prevendo que esta operação provoque grandes alterações na estrutura accionista.

A restante banca seguia com o Banco BPI [bpin] a recuar 0,28% para os 3,56 euros e o Banco Espírito Santo (BES) [besnn] a evitar maiores perdas ao subir 0,3% para os 13,24 euros.

A Sonae SGPS [son] também pressionava o PSI-20 ao perder 1,47% para os 1,34 euros, apesar de os resultados ontem apresentados pela sua subsidiária Sonae Sierra terem sido considerados positivos.

A Altri [altr] volta hoje a valorizar mais de 2%, depois de ontem a empresa ter anunciado que registou lucros de 10,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Os proveitos operacionais cresceram mais de 20% no período, impulsionados pelas vendas da Caima, segundo o comunicado da empresa. As acções da empresa subiam 2,34% para os 2,62 euros.

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