Os preços do petróleo seguiam hoje a valorizar pela terceira sessão consecutiva, ainda a reflectirem o anúncio de que as reservas americanas caíram inesperadamente na semana passada. A possibilidade da OPEP fazer cortes adicionais na produção tem ajudado a suportar os preços.

O "brent" negociado em Londres [CO1] transaccionava em alta de 0,26% para os 62,21 dólares, dando sequência à valorização de 3,66% registada no fecho da sessão de ontem.

O West Texas Intermediate (WTI) [CL1] estava mais caro em 0,31% para os 61,59 dólares. Ontem, o barril em Nova Iorque valorizou 3,5% para o valor mais elevado desde 29 de Setembro. Este foi o ganho diário mais acentuado desde Março.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou ontem que as reservas de crude desceram em 3,21 milhões de barris na semana terminada a 20 de Outubro, quando os analistas consultados pela agência Bloomberg estimavam que estes inventários aumentassem em 3 milhões de barris.

Os "stocks" de destilados, onde se inclui o gasóleo para aquecimento, cuja procura dispara com a chegada do tempo frio, e as reservas de gasolina também registaram descidas acentuadas.

Na próxima semana, os analistas estão a contar que o barril venha a cotar acima dos 63 dólares, já que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) poderá vir a anunciar novos cortes na produção da matéria-prima.