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Preços do petróleo mantêm tendência de alta
As cotações do petróleo continuam em alta, apesar de uma diminuição dos ganhos devido a correcção técnica. As tensões entre a comunidade internacional e o Irão, bem como receios de perturbação da oferta nigeriana, são os principais factores de fortalecime
As cotações do petróleo continuam em alta, apesar de uma diminuição dos ganhos devido a correcção técnica. As tensões entre a comunidade internacional e o Irão, bem como os receios de fecho das refinarias venezuelanas nos EUA, são os principais factores de fortalecimento.
O West Texas Intermediate está a ganhar 0,28% no mercado nova-iorquino, fixando-se em 65,55 dólares por barril. Em Londres, o «brent» do Mar do Norte sobe 0,80%, para 63,90 dólares.
O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que as Nações Unidas podem elaborar todas as resoluções que desejarem, mas que não vão conseguir interromper as pesquisas nucleares. Disse ainda que o país irá prosseguir o programa de desenvolvimento nuclear e que vai ignorar a decisão de este assunto ser levado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, conforme definido na reunião de sábado da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), supervisora nuclear da ONU.
A resolução da AIEA insta o Irão a parar com o enriquecimento de urânio, a permitir o acesso às suas instalações militares pelos inspectores da ONU e a mostrar os documentos relacionados com a compra de maquinaria e equipamento para o seu programa nuclear. No entanto, Teerão tinha já ameaçado que deixaria de cooperar com os inspectores da ONU caso este assunto fosse levado ao Conselho de Segurança – que não deve impôr sanções para já, segundo os EUA.
A comunidade internacional receia que o Irão pretenda fabricar uma bomba nuclear, mas a resposta daquele país é que apenas pretende desenvolver as suas centrais nucleares. Os mercados receiam que o escalar deste conflito possa levar a um corte da oferta por parte do Irão, quarto maior produtor mundial de crude, como forma de retaliação.
Por outro lado, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fisse ontem que poderá encerrar as refinarias que as petrolíferas estatais do seu país têm nos EUA, uma vez que as suas relações com o Governo de Washington estão a deteriorar-se devido a acusações de espionagem norte-americana por parte de Caracas.