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(Poucas) Obrigações dão maior retorno que depósitos bancários

A subida das taxas de juro nos EUA e na Zona Euro tem sido a pior inimiga das obrigações. Ainda assim, é possível encontrar em Portugal fundos de taxa fixa que oferecem um retorno superior a um vulgar depósito, num prazo de cinco ou três anos.

26 de Abril de 2007 às 06:55
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A subida das taxas de juro nos EUA e na Zona Euro tem sido a pior inimiga das obrigações. Ainda assim, é possível encontrar em Portugal fundos de taxa fixa que oferecem um retorno superior a um vulgar depósito, num prazo de cinco ou três anos.

Já os últimos 12 meses não têm sido tão positivos, fruto da política de subida dos juros na Europa. Ou seja, os fundos de obrigações podem ser uma alternativa para investidores avessos ao risco, mas exigem uma escolha criteriosa.

Um dos principais factores a sustentar o retorno dos melhores fundos de obrigações tem sido o câmbio e não o potencial oferecido pelos activos em si. Isto sucede pois o ciclo de subida de taxas de juro beneficia algumas moedas, como o euro ou o dólar australiano.

Com a Euribor perto do valor mais alto desde 2001, o retorno pago por um depósito bancário ronda os 3,20% ao ano (ver páginas 30 e 31). O melhor fundo de obrigações de longo-prazo conseguiu um retorno de 30,17% em cinco anos, cerca de 6% ao ano. Note-se que foram excluídos os fundos de obrigações de países emergentes e de empresas com dívida de risco elevado.

Já olhando para a rendibilidade média, estes fundos ficam mal na fotografia, com uma rendibilidade de 3,15% nos últimos cinco anos, 2,16% em dois anos e 1,24% negativos nos últimos 12 meses. Pelo que, antes de escolher onde vai investir, deve ter em conta o historial de rendibilidades. Nos quadros ao lado encontra os dez fundos de obrigações de longo e curto prazo com melhor retorno em cinco anos.

"Com as taxas de juro ao nível actual, os investidores ou apostam em activos sem qualquer risco, como os depósitos bancários, ou, se estão dispostos a ter algum risco, investem em acções", afirmou o director do BNP Paribas Asset Management, Hugo Figueiredo.

A maioria das sociedades gestoras tem alertado os seus clientes para reduzirem as suas posições nesta classe de activos. A razão é o retorno esperado ser baixo ou negativo. A melhoria generalizada do retorno nos fundos de taxa fixa (obrigações ou de tesouraria) só será de esperar após se entrar num ciclo de descida dos juros de referência na Zona Euro.

Estes produtos destinam-se acima de tudo a investidores conservadores que prefiram a preservação de capital ao retorno. Mas, descontando a inflação de 2,3% esperada para 2007 pelo Banco de Portugal, grande parte destes produtos apresenta retornos no vermelho.

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