A possibilidade de a União Europeia avançar esta segunda-feira com novas sanções à Rússia está a mexer nos mercados. As acções asiáticas iniciaram a semana em baixa, num movimento que teve a influência de resultados empresariais abaixo do esperado. Já o petróleo, depois das quedas da semana passada, está de regresso às subidas.

O crude West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a ganhar 0,78% para os 101,38 dólares por barril. Já na Bolsa de Londres, o Brent do Mar do Norte segue a somar 0,34% para os 109,95 dólares por barril.

“Os preços do petróleo vão subir esta semana devido às pressões ligadas à situação entre a Rússia e a Ucrânia  Há uma preocupação geral nos mercados sobre esta situação”, comentou à agência Bloomberg Robin Mills, da Manaar Energy Consulting and Project Management.

A União Europeia irá reunir-se esta segunda-feira. A expectativa, segundo a agência de informação, é a de que os representantes alarguem os nomes das listas sujeitas a congelamento de activos. A tensão insere-se ainda nas preocupações trazidas devido à secessão da Crimeia da Ucrânia e os receios ocidentais de que tal possa acontecer com outras regiões. A Rússia é o maior mercado exportador de energia e problemas envolvendo a economia russa podem trazer receios no fornecimento - o que conduz à subida dos preços.

Pelo contrário, os mercados accionistas iniciaram o dia em baixa, com os preços das acções a destacarem-se com recuos - reflectindo os receios dos investidores. O índice MSCI Ásia Pacífico cai 0,4% para 137,66 pontos. A bolsa de Xangai perde 1,6%.

No Japão, o Topix, já encerrado, caiu 0,79% para os 1.160,74 pontos ao passo que o Nikkei se destacou com uma perda de 0,98% que o levou aos 14.288,23 pontos. Perdas intensificadas pelos resultados abaixo do esperado de grandes empresas como a fabricante automóvel Honda.

Os investidores começam a semana expectantes até porque a Reserva Federal norte-americana irá reunir-se a 29 e 30 de Abril, sendo que se prevê que volte a tomar medidas no sentido de limitar as medidas de estímulo à maior economia do mundo.