O crude registava uma subida, relacionada com o cepticismo existente em torno do pedido que a Arábia Saudita realizou ontem junto da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O objectivo do maior exportador de petróleo do mundo seria um aumento das quotas de produção dos países pertencentes à organização.

O contrato futuro de entrega do crude [CL1] para Junho seguia a valorizar 0,90% para os 39,28 dólares (33,20 euros). No que diz respeito ao «brent» [C01], o petróleo do Mar do Norte registava uma apreciação de 1,47% para os 36,50 dólares (30,85 euros).

As intenções da Arábia Saudita foram veiculadas pelo ministro do petróleo daquele país, Ali al-Naimi, que ontem afirmou que a OPEP deveria actuar de modo a contrariar os preços altos que a matéria prima tem apresentado, e que tem prejudicado a economia mundial.

Prontamente, alguns Estados membros da OPEP, como o Kuwait, a Líbia e os Emirados Árabes Unidos, mostraram-se contrários às intenções da Arábia Saudita. Segundo o ministro do petróleo dos Emirados Árabes Unidos, Seif al-Nasseri, a OPEP já produz em nível superior, sensivelmente 1,5 milhões de barris diários, às quotas estabelecidas.

Segundo Carl Larry, director de energia no Barclays Capital, em Nova Iorque, as declarações do ministro do petróleo saudita «foram sobretudo de foro político, e não uma tentativa de mudar de rumo». O mesmo acrescentou que «eles pretendem aumentar as quotas para estas ficarem de acordo com o que estão a produzir actualmente».

No entanto, os ministros do petróleo dos países membros da OPEP vão discutir a possível subida das quotas em cerca de 1,5 milhões de barris por dia durante o fórum Internacional de Energia, a realizar em Amesterdão no fim do presente mês.