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Trump vence na Pensilvânia. Fica à beira da vitória nacional
Milhões de americanos votaram nesta terça-feira para decidir quem irá ocupar a Casa Branca, sucedendo a Joe Biden. Também o controlo da Câmara dos Representantes e vários dos lugares do Senado estão em disputa. Acompanhe tudo aqui.
Trump vence na Pensilvânia. Fica à beira da vitória nacional
Além da Fox News, a CNN e a NBC, a AP também declara que Donald Trump venceu Pensilvânia, colocando o republicano a três votos (para o colégio eleitoral) da vitória nacional. São necessários 270 votos, Trump tem 267 - restantes podem ser conquistados vencendo no Alasca ou num estado indeciso, os chamados "swing states", que ainda esteja por apurar.
Falta apurar o resultado final nos estados do Alasca, Arizona, em dois distritos no Maine, Michigan, Minnesota, Nevada e Wisconsin.
Kamala Harris conquistou a Califórnia, Nova Iorque e outros estados tradicionalmente democratas, mas a possibilidade de vitória nacional é agora muito estreita. Certo é que os republicanos vão controlar o Senado, tendo ficado com alguns assentos democratas. A Câmara dos Representantes ainda está em disputa.
A vice-presidente ainda não fez qualquer admissão de derrota.Von der Leyen pede a Trump "estabilidade na relação económica" entre UE e EUA
Em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também já felicitou "calorosamente" Donald J. Trump pela sua eleição como 47.º Presidente dos Estados Unidos da América.
"Estou ansiosa por trabalhar novamente com o Presidente Trump para promover uma agenda transatlântica forte", disse a responsável europeia em comunicado.
E lembrou: "A União Europeia e os Estados Unidos são mais do que apenas aliados. Estamos ligados por uma verdadeira parceria entre os nossos povos, unindo 800 milhões de cidadãos. Este vínculo é profundo, enraizado na nossa história partilhada, no compromisso com a liberdade e a democracia e nos objetivos comuns de segurança e oportunidades para todos".
Von der Leyen pediu a Trump para trabalharem "juntos numa parceria transatlântica que continue a produzir resultados para os cidadãos".
"Milhões de empregos e milhares de milhões de euros em comércio bilateral e investimento, em ambos os lados do Atlântico, dependem do dinamismo e da estabilidade da nossa relação económica".
Bárbara Silva
Montenegro dá parabéns ao "Presidente Trump" pela vitória nas eleições
O primeiro-ministros Luís Montenegro já deu publicamente os parabéns a Donald Trump, pela vitória nas eleições americanas, apesar de a contagem de votos ainda não estar fechada em todos os estados.
Na rede social X, o chefe do Governo de Portugal escreveu: "Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou ansioso por trabalhar em estreita colaboração consigo, dentro do espírito da relação sólida e de longa data entre Portugal e os Estados Unidos, bilateral e multirateralmente, e a nível da NATO".
Congratulations, President @realDonaldTrump.
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) November 6, 2024
I look forward to working closely with you, within the spirit of the long standing and solid relationship between Portugal and the United States, bilaterally and at @NATO and multilateral level.
Bárbara Silva
Trump declara-se vencedor. "É claro que conquistámos a mais incrível vitória política"
Donald Trump declarou-se Presidente dos Estados Unidos, numa altura em que conquistou 267 votos eleitorias.
"É agora claro que conquistámos a mais incrivel vitória política. Uma vitória política como nunca ninguém viu", disse, num discurso em West Palm Beach, na Florida.
"Quero agradecer ao povo americano pela extraordinaria honra de ser eleito vosso 47.º Presidente e o vosso 45.º Presidente", afirmou perante uma multidão de apoiantes.
Neste discurso de vitória, numa altura em que as projeções apontam para uma vitória do republicano, Trump prometeu "ajudar o país a sarar", afirmando que "esta vai realmente ser a época dourada da America".
A candidata democrata e vice-presidente Kamala Harris decidiu não falar aos apoiantes em Washington, depois de Trump ter vencido a Georgia e a Carolina do Norte.
Trump terá ganho na Pensilvânia. Republicano deverá voltar à Casa Branca
A Fox News, a CNN e a NBC indicam que Donald Trump terá vencido no estado da Pensilvânia. Caso se confirme, o antigo presidente será o novo inquilino da Casa Branca, conseguindo mais 19 delegados eleitorais.
Este estado foi ganho em 2020 por Joe Biden e foi onde se realizou o debate entre os dois candidatos.
O antigo presidente está a liderar as projeções no Michigan e Wisconsin, dois "swing states", com 15 e 10 delegados eleitorais. A margem de vitória neste segundo estado foi menos do que um ponto percentual em 2020, 2016, 2004 e 2000.
Urnas encerram nos EUA. Trump lidera e Harris não fala esta noite
Todas as urnas estão oficialmente encerradas, depois de o Alasca ter terminado a votação - local onde estão em disputa três delegados eleitorais. Este é um estado habitualmente democrata.
À medida que a noite está a avançar, o cenário está a ficar cada vez mais complexo para a vice-presidente Kamala Harris. O co-responsável da campanha Cedric Richmond já foi a palco revelar que Harris não discursará hoje, mas apenas amanhã (no horário norte-americano). "Ainda temos votos para contar. Ainda temos estados sem resultado. Vamos continuar a lutar durante a toda a noite para garantir que todos os votos são contados", afirmou.
Durante a campanha, a candidata democrata tem mostrado que o caminho mais seguro para a Casa Branca é através de uma vitória nos estados de Michigan, Pensilvânia e Wiscosin, que Trump ganhou em 2016 e Biden reconquistou en 2020. Se perder a Pensilvânia, a probabilidade de chegar aos 270 votos eleitorais é manifestamente reduzida.
No entanto, Harris pode perder peças da "blue wall" e ainda chegar a essa fasquia. Se perder o Michigan pode recuperar através do Arizona e Nevada e também pode perder o Wisconsin e ganhar no Arizona. Só não pode sair derrotada em mais do que um destes estados.
O New York Times estima agora uma probabilidade superior a 95% de uma vitória do candidato republicano que deverá discursar ainda hoje. O antigo presidente melhorou a sua performance face a 2020 e é favorecido nos estados da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, apesar de ser inicialmente esperada uma vitória democrata.
Harris venceu em New Hampshire, somando mais quatro votos eleitorais, um local historicamente democrata. Contas feitas, das projeções que já são conhecidas, Trump lidera com 247 delegados e Harris tem neste momento 214.
Mercados reagem com foco em vitória de Trump
Os mercados continuam a reagir tendo como cenário o regresso de Donald Trump à Casa Branca. O índice do dólar sobe 1,5% para 104,97 pontos, que são máximos desde janeiro de 2023.
A nota verde ganha nomeadamente contra moedas de países que perdem mais com o protecionismo de Trump, como o peso mexicano e o yuan chinês.
Nas bolsas, os futuros em Wall Street seguem em alta, com o Dow Jones a somar 500 pontos, na expectativa, caso ganhe Trump, dos prometidos cortes de impostos e menor regulação sobre as empresas.
Já na Europa a tendência é contrária, com os futuros a apontarem para uma abertura em queda. As bolsas do Velho Continente estão menos entusiasmadas com a possibilidade de o republicano vencer as presidenciais, porque as políticas de Trump para as tarifas, se forem em frente, podem desencadear uma guerra comercial global e ameaçar as exportações da União Europeia.
Por outro lado, no mercado obrigacionista norte-americano estamos a assistir a um sell-off, o que significa que os juros estão a subir. A dívida dos EUA com vencimento a 10 anos está mesmo em máximos de quatro meses, nos 4,471%, dado que as políticas de Trump podem alimentar a inflação, levando a Fed a reduzir o ritmo esperado de cortes dos juros diretores.
É o segundo "flip" de um "swing state": Trump vence na Georgia, apontam NBC e CNN
Donald Trump terá vencido na Georgia e arrecada assim o segundo "swing state" e 16 delegados eleitorais, um estado que desde a vitória de Bill Clinton, em 1992, apenas foi ganho pelos democratas na eleição de Joe Biden há quatro anos.
A margem de uma vitória de Harris reduz-se assim de forma significativa e requer que a candidata democrata vença nos "blue wall states" de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, onde a contagem dos votos deverá ser mais lenta.
Em todos os estados nos quais a votação está quase completa Trump melhorou a margem comparado com 2020, mesmo em estados considerados "azuis" como Delaware, Rhode Island e Vermont.
Das projeções que já são conhecidas, o antigo presidente lidera com 246 delegados e Harris tem neste momento 210.
Hawai, Novo México, Nevada mantêm-se "azuis". New York Times apontam em 90% para vitória de Trump
Novo México, Vírgina e Hawai mais três estados para os democratas, com 22 delegados eleitorais, ambos sem alterações face as eleições anteriores.
Dos estados para os quais já há projeções, a liderança é de Donald Trump com 230 "grandes eleitores" - enquanto Kamala Harris tem 210. Faltam agora, entre outros, cinco são "swing states" e que deverão por isso ser decisivos para uma vitória de qualquer dos candidatos.
Para Trump vencer, teria de quebrar a "blue wall" dos estados do nordeste do país, como o Michigan, a Pensilvânia ou o Wisconsin. Entre os cenários mais prováveis em cima da mesa está uma vitória dos republicanos na Georgia ou Pensilvânia, ou Georgia, Michigan e Wisconsin, ou mesmo Wisconsin e Arizona, bem como outros cenários que envolvem o Nevada.
O New York Times atribui agora uma probabilidade de 90% de uma vitória do antigo presidente republicano, com 301 delegados eleitorais, face a 237 de Kamala Harris. O jornal norte-americano aponta para uma vitória de Trump na Georgia e para inverter a atual situação Hariis teria de ganhar a Pensilvânia, o Michigan e Wisconsin, um cenário que atribui como pouco provável.
Projeções dizem que republicanos ganharam o Senado
O partido republicano estava em vantagem para conseguir o controlo do Senado, depois de ter conquistado dois lugares chave que eram detidos pelos democratas, no Ohio e Virgínia Ocidental, e, segundo as mais recentes projeções da NBC News, o GOP (Grand Old Party) já obteve maioria da câmara alta do Congresso, ao garantir 50 lugares.
Já as batalhas pelo controlo da Câmara dos Representantes e pela presidência do país continuam agitadas – se bem que as apostas em Trump como novo ocupante da Casa Branca estejam a aumentar.
Desde 1992, todos os novos presidentes dos EUA que concorreram sem estar a ocupar esse lugar (e com a desistência de Joe Biden, é o que acontece agora, tanto do lado republicano como democrata) entraram em funções com o seu partido a controlar ambas as câmaras do Congresso – mas não há qualquer garantia de que seja isso que também vai acontecer desta vez.
Califórnia é a maior vitória da noite para Harris. "Swing state" da Carolina do Norte pende para Trump
Kamala Harris acaba de ter o maior prémio da noite eleitoral até agora, com as projeções da AP a apontarem para que vença no estado da Califórnia, onde foi senadora e que não tem sido desafiada pelos republicanos desde a viragem do século. Em causa estão 54 delegados.
Além da Califórnia também Washington - com 12 "grandes eleitores" - habitualmente democrata e onde Trump não é popular, terá caído para Harris. A NBC e a CNN também dão vitória à atual vice-presidente no Oregon, com oito delegados.
Já Trump terá vencido o Idaho, um estado fortemente "vermelho", com a maioria dos votos a penderem para os republicanos nas últimas eleições. São 4 votos eleitorais.
E chegam as projeções do primeiro "swing state": a Carolina do Norte, que terá sido vencida por Donald Trump e que dá mais 16 delegados ao candidato republicano. Desde 1968 que os democratas apenas ganharam duas vezes nesta região. Trump ganhou em 2020 por apenas 1 ponto percentual - foi a margem de vitória mais pequena em qualquer estado nessas eleições.
Os democratas acreditavam que seria possível inverter a situação, mas tal não aconteceu.
Há várias hipóteses para Trump chegar à fasquia dos 270 votos, mas terá sempre de quebrar a "blue wall" dos estados do nordeste do país, como o Michigan, a Pensilvânia ou o Wisconsin.
Bitcoin atinge recorde com investidores a colocarem fichas em Trump
A Bitcoin atingiu máximos históricos ao tocar os 75.005,09 dólares, com os investidores a acreditarem que Donald Trump será o próximo inquilino da Casa Branca, numa noite eleitoral que tem favorecido nesta fase incial o candidato republicano.
A maior criptomoeda do mundo chegou a valorizar 9% e segue agora a somar 6,89% para 73.828,76 dólares.
"Tem que ser porque os primeiros números parecem bons para Trump", justificou à Bloomberg Fredrick Collins, CEO e fundador da VeloData. "A Bitcoin é um dos principais instrumentos para negociar a eleição desta noite. É relativamente líquida e muito ligada ao resultado. Portanto, é bastante seguro presumir que qualquer aumento no preço está vinculado a uma maior perspetiva de vitória de Trump", acrescentou.
Sell-off no mercado obrigacionista ganha balanço com vantagem de Trump
Numa altura em que há já projeções sobre quem vence em 30 dos 50 estados norte-americanos, os juros da dívida dos EUA aceleram a tendência de subida à medida que Donald Trump se vai mantendo na dianteira.
Inicialmente, começaram por ser as yields das maturidades mais longas a registarem um avanço mais visível, mas agora o sell-off é notório em todo o mercado obrigacionista – e como os juros negoceiam de forma inversa, isso significa que todas as rendibilidades estão a ganhar terreno.
Com efeito, os juros das obrigações do Tesouro (OT) somam em toda a linha, desde os prazos a dois anos até à maturidade a 30 anos. E isto porque um regresso de Trump à Casa Branca deixa antecipar um maior protecionismo, com um reforço das tarifas alfandegárias, e um aumento do défice, o que alimentará pressões inflacionistas – e levará a que a Fed desacelere o ciclo de alívio monetário.
Republicanos arrecadam Utah, Montana e Kansas. Harris vence no Colorado
Como era esperado, Trump deverá vencer os estados do Kansas, Utah e Montana, o que representa mais 10 delegados eleitorais. Já Kamala Harris firma o estado do Colorado - que tem virado para os "azuis" nas últimas duas décadas: são mais 10 "grandes eleitores" para o lado democrata - e da Columbia, um bastião democrata que dará mais três votos à candidata.
Com os dois candidatos a vencerem nos respetivos bastiões, é provável que a corrida se centre nos "swing states" e nos três "blue states" da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.
De acordo com a NBC já são conhecidas projeções para 30 Estados. O antigo presidente lidera com 198 delegados e Harris tem neste momento 112. Ainda pouco se sabe sobre as votações nos sete "swing states" (chamados assim porque as respetivas intenções de voto não são claras): Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Mercados começam a reagir à dianteira de Trump
As bolsas japonesas abriram em alta, com os índices Nikkei e Topix a ganharem mais de 1%, e na China a tendência está mista: em Xangai, o movimento é de subida, mas em Hong Kong o índice Hang Seng recua, com os investidores mais cautelosos na avaliação das projeções.
Já em Wall Street, os futuros dos três principais índices negoceiam no verde, depois de terem fechado a sessão regular de terça-feira também em alta. E embora não se espere que as bolsas norte-americanas oscilem de forma expressiva, quer vença Donald Trump ou Kamala Harris, o certo é que noutros mercados já há evoluções que expressam bem o sentimento dos investidores.
É o caso dos juros da dívida norte-americana, que começaram a subir nos prazos mais longos assim que as projeções começaram a dar a dianteira ao republicano. A perspetiva de Donald Trump na Casa Branca antecipa um maior protecionismo, com um reforço das tarifas alfandegárias, e um aumento do défice, o que alimentará as pressões inflacionistas – e isso faz com que os juros da dívida aumentem. Assim, apesar de se esperar que a Fed na quinta-feira anuncie mais uma descida das taxas diretoras, o facto de Trump poder voltar à presidência está a ter mais peso no sentimento do mercado.
Também o dólar segue a ganhar terreno, nomeadamente contra o peso mexicano. E isto porque o México é visto como um dos prováveis perdedores do reforço das tarifas alfandegárias proposto por Trump.
A nota verde também se aprecia face ao iene, dado que a moeda japonesa ganharia mais com a candidata democrata no poder. Se Kamala Harris vencer, tudo aponta para que mantenha uma linha de política económica idêntica à de Joe Biden, levando a economia dos Estados Unidos a uma aterragem suave. E isso fará com que a Fed continue a cortar os juros diretores, o que fortalece o iene devido à possibilidade de a diferença das yields entre o Japão e os EUA se estreite.
Noutros mercados, o ouro sobressai como valor-refúgio e segue a ganhar terreno, apesar da valorização do dólar, que normalmente retira atratividade ao metal amarelo por ser denominado nesta moeda. Destaque ainda para a Bitcoin, que soma quae 6% com a possibilidade de ser Trump a vencer estas eleições.
Texas cai para Trump. Harris avança em Nova Iorque
Ohio, Carolina do Sul, Arkansas, Nebraska, Wyoming, Louisiana, Dakota do Sul e do Norte e Texas devem cair para Trump, indica a AP. Só com o Texas, Trump soma mais 40 "grandes eleitores".
Ohio tem particular relevância, uma vez que nenhum candidato republicano conseguiu chegar à Casa Branca sem vencer este estado. Em 2020, Joe Biden tornou-se o primeiro democrata - desde Kennedy, 60 anos antes - a chegar à presidência sem ganhar no Ohio.
Do lado democrata, as projeções da AP apontam para uma vitória de Kamala Harris em Nova Jérsia, Delaware, Illinois, Nova Iorque. São mais 28 delegados para o partido democrata só da "big Apple".
Estes novos resultados são ainda sem surpresas, dado que nas anteriores eleições votaram no mesmo sentido.
As atenções centram-se agora nos estados do Arizona, Wisconsin e Michingan, três "swing states", tendo as urnas já encerrado.
Dólar ganha contra peso mexicano
Enquanto as projeções pendem, por enquanto, para o candidato republicano, o dólar vai ganhando terreno – nomeadamente face ao peso mexicano, contra o qual segue a somar mais de 1%.
O México, recorde-se, é visto como um dos prováveis perdedores do reforço das tarifas alfandegárias proposto por Donald Trump.
Juros da dívida dos EUA sobem com dianteira de Trump
As primeiras projeções dos resultados mostram o republicano Trump à frente da democrata Harris nos votos para o Colégio Eleitoral, o que desencadeou uma subida nas obrigações do Tesouro (OT) de mais longo prazo.
As "yields" da dívida a 10 anos avançam cerca de 5 pontos base para 4,34%, depois de terem encerrado a sessão regular de terça-feira nos 4,29%. Já os juros das OT a 30 anos somam 6 pontos base para 4,51%.
A perspetiva de Donald Trump na Casa Branca antecipa um maior protecionismo, com um reforço das tarifas alfandegárias, e um aumento do défice, o que alimentará pressões inflacionistas – e isso faz com que os juros da dívida aumentem.
As rendibilidades das obrigações tinham cedido algum terreno na sessão de terça-feira, à conta do esperado corte de 25 pontos base dos juros diretores por parte da Fed na quinta-feira. No entanto, com Trump à frente na corrida presidencial., a tendência inverteu.
Trump avança em sete estados. Harris à frente em quatro
Oklahoma, Alabama, Mississippi, Carolina do Sul, Florida e Tennessee e Missouri deverão cair para o candidato republicano e dar mais 82 delegados a Donald Trump.
Do lado de Kamala Harris as projeções apontam para vitórias no Connecticut, Massachusetts, Maryland e Rhode Island. Estes quatro estados contribuem com 32 "grandes eleitores".
Estes estados seguiram a habitual linha de voto das eleições anteriores, não havendo surpresas. Neste momento estão contados cerca de 15% dos votos.
Trump fala de "fraude massiva" em Filadélfia sem apresentar provas
Donald Trump aludiu a rumores de "fraudes massivas" nas operações eleitorais em Filadélfia, sem apresentar provas das acusações, negadas pelas autoridades. "Há muitos rumores de fraudes massivas em Filadélfia", escreveu o candidato republicano à Casa Branca.
As autoridades de Filadélfia contestaram as acusações."Esta afirmação é completamente infundada", disse Seth Bluestein, um funcionário municipal, na rede social X. Na publicação, acrescenta que "este é um novo exemplo de desinformação" e garantiu que as operações decorreram "em total segurança".
Durante a manhã de terça-feira, o candidato republicano disse que estaria pronto para reconhecer a sua derrota contra Kamala Harris se "a eleição for justa".
There is absolutely no truth to this allegation. It is yet another example of disinformation. Voting in Philadelphia has been safe and secure. pic.twitter.com/wMiPnAgO17
— Seth Bluestein (@SethBluestein) November 5, 2024
Virgínia Ocidental cairá para Donald Trump, indicam projeções
Mais um estado que o antigo presidente deverá vencer pela terceira eleição consecutiva. Virgínia Ocidentaldará assim mais quatro delegados ao candidato republicano, elevando o número total a 23. Este é um dos dois estados onde Trump ganhou todos os condados em 2016 e 2020. Nenhum democrata ganhou na região desde Bill Clinton em 1996.
Perto de se saber os resultados deverão estar também o estado vizinho de Vermont, New Hampshire. Na Florida já estão contados 65% dos votos e Trump lidera com uma margem de 700 mil votos.
Projeções dão vitória a Trump no Kentucky e Indiana. Harris ganha em Vermont
As projeções apontam para uma vitória do candidato republicano no Kentucky e Indiana. No primeiro estado esta poderá ser a terceira vez consecutiva que o antigo presidente arrecada os oito delegados eleitorais. Já no Indiana, um estado que também tem sido historicamente favorável aos republicanos, Trump deverá arrecadar 11 "grandes eleitores".
Já o pequeno estado de Vermont, democrata nas últimas oito eleições presidenciais, deverá manter esse estatuto e dar três delegados eleitorais a Kamala Harris.
Até agora não há alterações face aos resultados da última eleição, em 2020.
Fecharam as urnas nos "swing states" da Georgia e Carolina da Norte
São as primeiras urnas a fechar nesta noite eleitoral. Os "swing states" da Georgia e da Carolina do Norte, que elegem 16 membros do Colégio Eleitoral, deverão dar as primeiras pistas sobre para que lado cairá a noite pela meia-noite em Portugal Continental.
Além destes dois "swing states", encerra também a votação em Indiana, Kentucky, Vermont e Virgina, que juntos elegem 38 "grandes eleitores". No entanto, pouco será conhecido nesta fase da noite, a não ser que haja uma vitória esmagadora de um dos lados, um cenário que é pouco provável.
A partir daqui serão conhecidas sondagens à boca das urnas que, ao contrário do que acontece noutros países, não indicam a percentagem de votos, mas antes as orientações políticas do mesmo.
"Staff" de Kamala prepara-se para que Trump cante vitória antes de haver projeções de vencedores
Os assessores da vice-presidente dos EUA e candidata presidencial Kamala Harris estão à espera que Donald Trump tente clamar vitória nas eleições de forma prematura, avança a CNN.
O antigo presidente norte-americano deverá declarar-se vencedor antes de haver projeções que indiquem o resultado das eleições.
Nesse sentido, o "staff" de Kamala está a preparar várias opções de resposta. Dois conselheiros da candidata democrata garantiram à CNN que Trump não ficará sem resposta.
Harris ou Trump? Qualquer cenário vai fazer história
A votação está a decorrer em todos os estados dos Estados Unidos. As urnas de seis estados encerram pelas 19h na Costa Leste, ou seja, pelas 24h em Portugal continental. A maioria dos locais de voto do Kentucky e Indiana encerram uma hora antes e serão as primeiras do país.
Cada um dos candidatos necessita de 270 votos de delegados do Colégio Eleitoral - os "grandes eleitores", de um total de 538 para ganhar a presidência.
Em sete destes estados está tudo ainda em aberto pelo facto de não haver uma tendência definida para um ou outro lado. São os chamados "swing states" e são responsáveis por 93 delegados do Colégio Eleitoral. São eles a Pensilvânia (19), Geórgia (16), Carolina do Norte (16), Michigan (15), Arizona (11), Wisconsin (10) e Nevada (6).
É difícil indicar quando serão conhecidos os resultados. Em 2016 demorou horas e em 2020 quatro dias. A margem entre os candidatos será o melhor indicador. O facto de muitos norte-americanos terem votado antecipadamente e alguns estados significativos como o Wisconsin e a Pensilvânia não poderem processar os votos antes de as urnas fecharem poderá complicar o processo. Este cenário tem levado os analistas a referirem estas eleições como "Election Week" ao invés de "Election Day".
Indepedentemente do vencedor destas eleições, história será feita. Uma vitória do candidato republicano Donald Trump seria a primeira vez que um condenado por crimes seria eleito presidente dos EUA - Trump foi condenado por 34 crimes em Nova Iorque há cinco meses.
Já em caso de vitória de Kamala Harris, a candidata dos democratas, Harris seria a primeira presidente mulher nos 248 anos de história da democracia norte-americana. Seria também a primeira mulher negra e com descendência asiática.
Secretáro de Estado da Geórgia acusa Rússia de fazer falsas ameaças de bomba
O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, afirmou que foram feitas ameaças de bomba provenientes da Rússia dirigidas a assembleias de voto em todo o estado, provocando breves atrasos na votação em alguns locais.
"Parece que andam a fazer maldades", disse Raffensperger, em conferência de imprensa, citado pelo Wall Street Journal. "Não querem que tenhamos uma eleição tranquila, justa e correta".
Segundo o jornal norte-americano, Raffensperger indicou que as ameaças afetaram cinco a sete locais. Um porta-voz do condado de Fulton explicou ainda que foram encerradas temporariamente duas assembleias de voto em Union City, uma comunidade nos arredores de Atlanta.
Marcelo receia que Trump na Casa Branca signifique "um mau relacionamento com a Europa"
O Presidente da República disse esta terça-feira estar preocupado com os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos, afirmando que a eleição de Donald Trump pode representar a imposição de medidas económicas mais desfavoráveis para a Europa.
"Estou preocupado por uma razão muito simples. (...) É que já conhecemos os dois candidatos. Um foi presidente durante quatro anos, sabemos exatamente o que ele pensa e a outra foi vice-presidente durante quatro anos, sabemos exatamente o que ela pensa. E são muito diferentes sobretudo para nós, europeus", começou por afirmar Marcelo Rebelo de Sousa.
Para o chefe de Estado, a vitória do candidatado republicano, o ex-presidente Donald Trump, "significa um mau relacionamento com a Europa", à semelhança do que aconteceu durante a sua presidência, ao considerar que a Europa, a seguir à China, é o seu adversário económico principal e, "portanto, há que tomar medidas económicas e financeiras que são desfavoráveis para a Europa".
"No passado foi um relacionamento difícil com a Europa, provavelmente se for eleito é um relacionamento difícil com a Europa", rematou.
Do outro lado, continuou, na candidata democrata, a atual vice-presidente Kamala Harris, "encontramos uma posição de maior colaboração entre os Estados Unidos e a Europa. Isso faz a diferença, sobretudo num momento em que a Europa não está bem economicamente", disse.
"Se em cima disto, houver medidas americanas que sejam desfavoráveis à Europa, não é a mesma coisa ganhar um ou ganhar outro. E, portanto, por esta razão muito simples, também chega a Portugal, porque se uma Alemanha, uma França, uma Itália para onde exportamos muito se mantiverem em crise ou entrarem numa situação mais por causa do relacionamento com os Estados Unidos da América a fatura chega também a Portugal. Quer dizer que nós vendemos menos, exportaremos menos e sofremos as consequências económicas", rematou.
Kamala Harris insta norte-americanos a "saírem para ir votar"
A candidata presidencial norte-americana democrata, Kamala Harris, instou esta terça-feira os norte-americanos a "saírem para ir votar", neste dia de eleições presidenciais nos Estados Unidos, numa emissão de uma rádio local na Georgia, um estado fundamental.
"Encorajo todos a saírem para ir votar", declarou a atual vice-presidente norte-americana, cujo adversário republicano na corrida presidencial é o ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
Harris sublinhou que este ato eleitoral é um "ponto de viragem", insistindo no facto de haver duas "visões muito diferentes do futuro da nação" propostas.
As eleições de hoje decidem quem sucederá ao democrata Joe Biden na presidência, o controlo das duas câmaras do Congresso norte-americano, além de postos de governadores estaduais e cargos a nível estadual e local.
Numa corrida à Casa Branca excecionalmente renhida, todos os olhares estão concentrados em sete "swing states" (chamados assim porque as respetivas intenções de voto variam de eleição para eleição): Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Trump garante que aceitará derrota se eleição for justa
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, garantiu esta terça-feira que aceitará a sua derrota contra a rival democrata Kamala Harris "se a eleição for justa".
"Se perder uma eleição, e se a eleição for justa, serei o primeiro a reconhecê-lo. Até agora, parece que está a ser justa", disse Trump, quando votava hoje num recinto eleitoral de Palm Beach, Florida, onde tem residência, mostrando-se confiante de que "esta noite vai ser uma grande festa".
O ex-presidente republicano, que por diversas ocasiões tem levantado a possibilidade de uma fraude eleitoral, votou ao lado da sua mulher, Melania Trump, no Mandel Recreation Center, em Palm Beach.
"Estamos muito bem na Georgia e em todo o lado", disse Trump aos meios de comunicação social.
O candidato do Partido Republicano mostrou-se "muito confiante" na sua vitória, antecipando que não será por uma margem muito estreita, comentando que esta foi a melhor das três campanhas eleitorais que realizou.
No entanto, Trump queixou-se da provável demora e espera na contagem dos resultados eleitorais, deixando algumas críticas ao modelo de urnas eletrónicas.
Mais de 80 milhões de americanos votaram antecipadamente
Apesar de se falar desta terça-feira como o dia das eleições, mais de 80 milhões dos eleitores norte-americanos exerceram o direito de voto antecipadamente, quer por correio quer presencialmente.
Segundo a NBC, os votos antecipados recebidos totalizam 80.651.974. Destes, 39% têm mais de 65 anos e 27% têm entre 50 e 64 anos.
Os jovens são os que menos optaram pelo voto antecipado, representando apenas 10% do total.