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Ao minutoAtualizado há 9 min10h08

Europa em alta apesar de provável vitória de Trump. Bitcoin atinge máximos históricos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

O setor bancário foi responsável por metade do crescimento dos dividendos pagos em 2023.
Brendan McDermid/Reuters
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há 9 min.10h07

Europa em alta apesar de provável vitória de Trump

Contra as expectativas iniciais, as bolsas europeias arrancaram a sessão desta quarta-feira em alta, mesmo com Donald Trump à beira de uma vitória nas eleições norte-americanas – e com os republicanos a conquistarem pelo menos uma das Câmaras do Congresso.

A esta hora, o "benchmark" europeu, Stoxx 600, avança 1,48% para 517,05 pontos – muito próximo dos máximos históricos de 528,68 pontos que atingiu em finais de setembro. Quase todos os setores estão a negociar no verde, com a saúde a liderar os ganhos.

Este setor está a ser impulsionado pela valorização das ações da Novo Nordisk, que estão a disparar 7,59% para 802 coroas dinamarquesas. A farmacêutica apresentou os seus resultados trimestrais esta quarta-feira ao mercado, que apontaram para vendas acima do esperado do seu medicamento de perda de peso, o Wegovy.

No entanto, uma provável vitória de Trump nas eleições norte-americanas não está a deixar os mercados europeus sem repercussões negativas. O setor energético perde mais de 1% esta manhã, com as cotadas dedicadas à produção de energia renovável a pressionarem o índice.

No início do ano, Trump prometeu suspender a produção de energia eólica "offshore" e os investidores estão preocupados com o impacto que essa medida pode ter nas contas das energéticas europeias. Para além disso, um dólar mais forte está ainda a pesar sobre os preços do petróleo no mercado internacional.

As dinamarquesas Oersted e Vestas lideram as perdas do setor ao caírem ambas mais de 8%. Por cá, as cotadas da energia também estão a ser bastante pressionadas com a EDP a deslizar 4,90% para 3,40 euros e EDP Renováveis a afundar 6,49% para 11,82 euros.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cresce 1,15%, o francês CAC-40 valoriza 1,12%, o holandês AEX regista um acréscimo de 0,82%, enquanto o britânico FTSE 100 sobe 1,33% e o italiano FTSEMIB avança 1,14%. A Península Ibérica destoa deste cenário, com o espanhol IBEX 35 a cair 1,09% e o português PSI a desvalorizar 1,94%.

há 18 min.09h59

Juros da dívida dos EUA em máximos de quatro anos. "Yields" europeias cedem

Os juros da dívida norte-americana atingiram esta quarta-feira máximos de quatro meses, com Trump a declarar vitória nas eleições norte-americanas – um cenário que as principais projeções parecem estar a alimentar.

As "yields" das obrigações soberanas do país estão a disparar 15,2 pontos base para 4,42%, depois de terem atingido os 4,47% na madrugada. Os investidores estão incertos em relação ao impacto de Trump no ciclo de alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed), mas espera-se que a introdução de tarifas e uma série de medidas protecionistas levem a um aumento da inflação no país.

Já na Zona Euro, os juros da dívida soberana encontram-se a aliviar, com os investidores mais confiantes que o Banco Central Europeu pode continuar a flexibilizar a sua política monetária – um cenário impulsionado pela provável vitória de Trump nas eleições.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos registam um recuo de 4,4 pontos base para 2,834%. Já a "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, de referência para a região, perde 3,8 pontos base para 2,285%. A rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade desliza 2,9 pontos base para 3,124%.

Por sua vez, os juros das obrigações espanholas, com a mesma maturidade, aliviam 3,5 pontos base para 3,088%, enquanto a rendibilidade da dívida italiana recua 3,6 pontos base para 3,632%.

Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, cedem de 3,8 pontos base, para 4,488%.

há 46 min.09h31

Ouro em ligeira baixa com Trump cada vez mais perto da Casa Branca

Ao contrário de outros ativos, os preços do ouro não registam grandes movimentações esta manhã. O metal precioso encontra-se a perder 0,58% para 2.728,08 dólares por onça, pressionado por um dólar a registar a maior subida diária desde março de 2020.

Com a incerteza política desfeita à medida que Trump se aproxima da Casa Branca, o ouro perdeu algum do seu prémio de risco. No entanto, os analistas esperam que o metal amarelo acabe por beneficiar de uma presidência republicana no longo prazo.

"O ouro faz parte dos ‘Trump trades’ e, no longo prazo, deverá beneficiar de uma vitória de Trump, sobretudo devido aos impactos do enorme défice orçamental, mas também devido a uma política externa potencialmente mais incerta", afirma Kyle Rodda, analista de mercados financeiros da Capital.com, à Reuters.

Tal como a especialista explica, as movimentações do ouro devem-se "em 95%" às eleições norte-americanas e "em 5%" à reunião da Reserva Federal (Fed) do país esta semana. Os mercados já incorporaram praticamente um corte de 25 pontos base nas taxas de juro, mas aguardam com expectativa o discurso do presidente do banco central dos EUA após o encontro.

Com Trump no poder, espera-se que o ciclo de alívio da política monetária encetado em setembro com um corte jumbo de 50 pontos por parte da Fed esteja, agora, comprometido. As políticas orçamentais do republicano podem levar a um aumento da inflação no país.

09h13

Petróleo cai mais de 2% com dólar a ganhar terreno

Os preços do petróleo chegaram a cair mais de 2% esta quarta-feira, pressionados por um dólar em máximos de quatro meses e "stocks" de crude acima do esperado pelos analistas nos EUA. Isto acontece numa altura em que Donald Trump já declarou vitória nas eleições presidenciais, com as projeções a darem, a esta hora, 267 votos no colégio eleitoral ao republicano – são necessários 270 e Trump lidera em vários Estados.

O  West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 1,72% para 70,75 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – recua 1,68% para os 74,26 dólares por barril.

Para além da subida do dólar, que pesa sobre os preços das matérias-primas, os mercados esperam que, com Trump no poder, a guerra comercial entre os EUA e a China se intensifique em grande escala – o que poderá pressionar ainda mais a economia da nação asiática, enfraquecendo a procura (já debilitada) por crude.

No entanto, existem outras políticas a terem em conta nesta equação. Uma provável vitória de Trump pode vir a ser acompanhada por sanções mais rigorosas contra o petróleo iraniano, o que poderá deixar o mercado petrolífero em alta a curto prazo, como explica Soni Cumari, da ANZ Research, à Reuters.

A pressionar os preços do petróleo está ainda o aumento dos "stocks" desta matéria-prima nos EUA. De acordo com dados do American Petroleum Institute, os inventários de crude cresceram em 3,13 milhões de barris na semana passada – um crescimento bastante superior ao esperado pelos analistas de 1,1 milhões.

08h59

Dólar encaminha-se para maior ganho desde 2020. Bitcoin atinge máximos históricos

Entre 14 e 21 de maio o índice do dólar cedeu 0,14%, à boleia dos “short-sellers”.

Com Trump quase com um lugar garantido na Casa Branca, o dólar encaminha-se para registar a maior subida diária desde março de 2020 contra as suas principais concorrentes. Já a bitcoin disparou para máximos históricos, com o republicano a assumir-se como um candidato favorável às criptomoedas.

O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana em relação às suas principais concorrentes – encontra-se a avançar 1,54% esta manhã e atingiu mesmo máximos de quatro meses. O euro desvaloriza, a esta hora, 1,76% para 1,0738 dólares, enquanto a libra cai 1,30% para 1,2872 dólares.

A divisa norte-americana valoriza ainda face ao iene, numa altura em que o banco central japonês se prepara para começar a subir as taxas de juro. A moeda nipónica está ainda a ser pressionada pela provável vitória de Trump nas eleições norte-americanas, cujas políticas podem ter repercussões no ciclo de alívio da política monetária encetado pela Reserva Federal (Fed) do país.

Os republicanos já conseguiram assegurar o controlo do Senado e encontram-se a ganhar terreno na Câmara dos Representantes. Caso o partido consiga ganhar o controlo desta última, "Trump terá um grande grau de liberdade para impor a sua política orçamental e este seria o resultado mais favorável ao dólar", escrevem os analistas do Deutsche Bank numa nota acedida pela Reuters.

Já a bitcoin atingiu máximos históricos ao tocar nos 75.005,09 dólares, quebrando o anterior recorde registado em março. Entretanto, a criptomoeda reduziu os ganhos para 5,46% e negoceia agora nos 73 171,64 dólares.

08h07

Ásia incerta com provável vitória de Trump

Com Donald Trump a declarar-se vencedor das eleições norte-americanas, os mercados continuam a reagir a um possível regresso do republicano à Casa Branca. As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira sem uma direção definida, com o Japão a tomar a dianteira da negociação.

O Nikkei 225 e o Topix registaram ambos valorizações expressivas, com o primeiro a avançar 2,61% e o segundo a subir 1,94%. O setor bancário foi um dos principais impulsionadores das ações japonesas ao crescer perto dos 6%, à boleia de uma perspetiva de taxas de juro mais elevadas no país e com os investidores à espera de políticas de desregulamentação.

As empresas do setor da defesa também estão a receber ímpeto de uma provável vitória de Trump, com os mercados à espera que o candidato republicano pressione o Japão a gastar mais na sua própria defesa.

Já na China, os principais índices encontram-se pintados de vermelho. Em Xangai, a negociação apresentou grande volatilidade esta quarta-feira, com o Shanghai Composite a encerrar em ligeira baixa. As perdas foram mais expressivas no resto do país e o Hang Seng, de Hong Kong, terminou mesmo a afundar mais de 2%.

Isto acontece numa altura em que os investidores esperam um intensificar da guerra comercial entre os EUA e a China, com Trump a prometer implementar e agravar uma série de taxas e medidas protecionistas contra a nação asiática. A Assembleia Popular Nacional do país continua reunida até sexta-feira, com os investidores atentos a informações sobre possíveis estímulos adicionais e políticas desenhadas para trazer mais estabilidade à economia chinesa.

Pelo resto da Ásia, o sul-coreano Kospi também encerrou no vermelho, com quedas moderadas, enquanto na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 0,83%.

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