O mercado estará hoje a reagir à contagem de votos e consequentes resultados provisórios das eleições dos Estados Unidos, que irá ditar o próximo presidente da maior economia do mundo. Numa das mais renhidas corridas à Casa Branca da história, as sondagens apontam para um verdadeiro braço de ferro entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. Ambos os partidos defendem medidas distintas para a economia dos EUA, desde a inflação e impostos a políticas externas. Seja qual for o vencedor, prevê-se que a volatilidade de mercado seja elevada.

No índice de referência, a EDP Renováveis vai divulgar resultados do terceiro trimestre. Até junho, a energética registou lucros de 210 milhões de euros, o que representa um disparo de 163% face ao mesmo período do ano passado, quando a empresa não foi além dos 80 milhões de euros. O resultado contrasta com a primeira metade de 2023, quando a EDPR viu os lucros afundarem 70%. Já no PSI Geral também a Glintt vai dar a conhecer as contas.

Maria Luís Albuquerque defende que é preciso avançar com as regras da União Bancária e não "retroceder", sublinhando que está a ser dado tempo para os bancos de adaptarem à nova legislação. Esta foi uma das posições pela comissária europeia indigitada, que terá a pasta dos Serviços Financeiros, Poupança e a União dos Investimentos, nas respostas enviadas por escrito ao Parlamento Europeu, em antecipação da audiência que está marcada para esta quarta-feira.

É dia de conhecer as estatísticas do emprego do país, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística, relativas aos últimos três meses. Em foco estará a taxa de desemprego, que no trimestre anterior caiu 0,7 pontos percentuais para 6,1%. Já a população empregada chegou quase a 5,1 milhões de pessoas, "o valor mais elevado da série iniciada em 2011".

A época de resultados empresariais do último trimestre continua não só por cá. No setor da banca, é dia de conhecer as contas dos últimos três meses do italiano UniCredit e do alemão Commerzbank. No automóvel, é a vez da BMW e da Honda divulgarem resultados, na esperança de que possam animar o sentimento vivido no setor, que esta terça-feira cedeu perto de 2% depois a Ferrari ter registado uma quebra nas exportações de veículos, que levaram as ações da italiana afundarem mais de 7%.