O preço do barril de petróleo seguia em forte queda nos mercados internacionais, a perder mais de 3%, com o mercado a reagir à recomendação da Goldman Sachs de que é "altura para retirar mais-valias". A casa de investimento prevê uma descida das cotações da matéria-prima até aos 80 dólares.

O West Texas Intermediate (WTI) [cl1], negociado no Mercado nova-iorquino, seguia a desvalorizar 3,58% para os 90,18 dólares, tendência acompanhada também em Londres, o mercado que serve de referência para as importações nacionais, onde o "brent" [co1] perdia 3,49% para cotar nos 87,17 dólares.

Os preços da matéria-prima estão assim a corrigir dos máximos históricos fixados na sessão de ontem (o WTI atingiu os 93,80 dólares e o "brent" chegou aos 90,49 dólares, com os investidores a seguirem a recomendação feita pela Goldman Sachs. "Quando a Goldman Sachs recomenda a venda, os investidores ouvem", afimou Brad Samples, da Summit Energy Services, à Bloomberg.

A casa de investimento norte-americana, que previa que os preços do petróleo chegassem aos 95 dólares, revelou hoje que está "agora mais cautelosa quanto aos factores de subida do preço de petróleo no curto-prazo", acrescentando que "não acredita que o petróleo vai deixar de subir. Simplesmente é uma boa altura para retirar mais-valias".

Os analistas da Goldman Sachs acreditam que o petróleo vai recuar até aos 80 dólares, previsões que assentam na expectativa de "aumento das exportações, um abrandamento da economia norte-americana e um nível adequado de reservas de combustível para aquecimento".