O preço do barril de petróleo superou os 95 dólares em Nova Iorque, subindo mais de 5% com o mercado a reagir à queda inesperada de mais de 3 milhões de barris nas reservas petrolíferas dos EUA. Atingiu o seu valor mais alto de sempre nos 95,28 dólares.

O West Texas Intermediate (WTI) [Cot], transaccionado em Nova Iorque, subiu um máximo de 5,42% para cotar nos 95,28 dólares. O "brent" [Cot], em Londres, mercado que serve de referência às importações nacionais, chegou a subir 4% para os 90,94 dólares, também um recorde histórico na Europa.

As cotações estão a reagir em forte alta à quebra inesperada dos inventários norte-americanos. O Departamento de Energia dos EUA revelou ao início da tarde que os "stocks" de petróleo caíram em 3,8 milhões de barris quando as estimativas dos analistas apontavam para um aumento de 400 mil barris.

Este dado, em conjunto com a aceleração surpresa do ritmo de crescimento da economia norte-americana no terceiro trimestre, veio reavivar os receios de escassez, uma vez que o mercado perspectiva um aumento na procura pela matéria-prima, nomeadamente dos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo.

Na terça-feira foi uma sessão negativa para os preços da matéria-prima que chegaram a perder mais de 4%, depois da Goldman Sachs ter aconselhado os seus clientes a retirarem mais valias da alta do petróleo.

O banco de investimento norte-americano sustentou a sua recomendação com a perspectiva de que o preço do petróleo vai cair até aos 80 dólares, no inicio de 2008, devido ao "aumento das exportações, a um abrandamento da economia norte-americana e um nível adequado de reservas de combustível para aquecimento".