Os preços do petróleo começaram a descer ao final do dia, depois de uma sessão marcada por fortes subidas, devido à ideia de que as reservas de combustível são suficientes para atender à procura no caso de o Irão – quarto maior produtor mundial de crude – decidir reduzir a sua oferta.

O Irão decidiu que vai mesmo prosseguir com o seu programa de enriquecimento de urânio, um processo que pode servir para fabricar uma bomba atómica mas que Teerão diz que se destina apenas a desenvolver as suas centrais nucleares. Uma vez que a Agência Internacional da Energia Atómica decidiu levar este assunto junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Teerão já veio dizer que a via diplomática está comprometida e que os inspectores da ONU deixarão de poder aceder às suas instalações militares. Além disso, os mercados traduziram o receio de que o Irão decida retaliar e reduzir as suas exportações, pelo que os preços do petróleo estiveram em forte alta ao longo do dia nos mercados internacionais.

No entanto, as reservas norte-americanas de combustível parecem estar acima da média para esta altura do ano e esse dado inverteu a tendência ao final do dia. Assim, o contrato de Março do West Texas Intermediate cedia 0,49%, para 65,05 dólares por barril, no mercado nova-iorquino, depois de um ganho máximo de 1,91% na sessão, quando atingiu 66,62 dólares. O «brent» do Mar do Norte perdia 0,09%, fixando-se em 63,33 dólares por barril, contra um pico de 64,5 dólares a meio do dia – altura em que ganhava 1,75%.