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Petróleo em máximo de sete meses

O preço do crude disparou hoje para os valores mais altos dos últimos sete meses, próximo da fasquia dos 69 dólares, espelhando a reacção do mercado à crescente tensão que envolve os EUA e o Irão. A instabilidade na Nigéria e a quebra dos «stocks» de gaso

10 de Abril de 2006 às 18:18
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O preço do crude disparou hoje para os valores mais altos dos últimos sete meses, próximo da fasquia dos 69 dólares, espelhando a reacção do mercado à crescente tensão que envolve os EUA e o Irão. A instabilidade na Nigéria e a quebra dos «stocks» de gasolina dos EUA também estão a impulsionar os preços.

Ao longo do fim-de-semana foram ganhando força os rumores de que a administração Bush estaria a preparar um ataque contra o Irão e a reacção de hoje no mercado foi a de  aumentar o prémio de risco do barril de petróleo, o que fez com que os preços avançassem para perto dos 69 dólares em Nova Iorque e Londres.

A preocupação dos investidores prende-se com o facto do Irão ser um importante produtor de petróleo – fornece cerca de 3,7 milhões de barris diários, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia – e de cortar esse fornecimento em caso de um ataque, o que levaria a uma redução da margem de manobra (já curta) entre a oferta e a procura. Além disso, o Irão tem também capacidade para bloquear o estreito de Hormuz, uma porta de entrada para o Médio Oriente por onde circula cerca de um quinto do petróleo mundial.

A juntar à lista de preocupações dos investidores está também a situação na Nigéria, onde os sucessivos ataques a instalações petrolíferas têm limitado os fornecimentos. A preocupação aumenta tendo em conta que a Nigéria é um forte fornecedor de gasolina, produto que irá começar a registar uma elevada procura nos Estados Unidos  no final deste trimestre.

A gasolina é, aliás, o produto que mais tem centrado as atenções dos analistas nos relatórios do Departamento de Energia norte-americano. Nas últimas cinco semanas as reservas de gasolina dos EUA baixaram 6,2% e a previsão dos especialistas é de que voltem a cair nesta semana em cerca de dois milhões de barris.

O crude seguia a ganhar 1,8% para os 68,60 dólares e em Londres o «brent» ganhava 2,11% para os 68,71 dólares.  

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