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Petróleo cede terreno com justificação para queda das reservas

As cotações do petróleo estão a cair fortemente, apesar da queda das reservas norte-americanas de crude e de gasolina na semana passada, uma vez que o Departamento da Energia dos EUA (DoE) referiu que esta descida dos “stocks” – a mais acentuada em mais de três anos – foi provocada por “atrasos temporários” no descarregamento de petroleiros na Costa do Golfo do México.

29 de Maio de 2008 às 18:02
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As cotações do petróleo estão a cair fortemente, apesar da queda das reservas norte-americanas de crude e de gasolina na semana passada, uma vez que o Departamento da Energia dos EUA (DoE) referiu que esta descida dos “stocks” – a mais acentuada em mais de três anos – foi provocada por “atrasos temporários” no descarregamento de petroleiros na Costa do Golfo do México.

O West Texas Intermediate [cl1] para entrega em Julho seguia a cair 3,2%, para 126,82 dólares por barril no mercado nova-iorquino, depois de ter superado os 133 dólares aquando do anúncio da queda das reservas.

Em Londres, o contrato de Julho do Brent do Mar do Norte [co1], crude de referência para a Europa, seguia a perder 2,04%, para 128,26 dólares por barril.

De acordo com os dados do DoE, os “stocks” de crude caíram em 8,883 milhões de barris, para 311,6 milhões, quando os analistas apontavam para uma estabilização nos níveis da semana precedente. Tratou-se da queda mais pronunciada desde 17 de Setembro de 2004, quando o furacão Ivan obrigou ao encerramento de plataformas petrolíferas no Golfo do México.

Os inventários da gasolina registaram uma diminuição de 3,258 milhões de barris, quando as previsões estimavam também uma manutenção dos níveis da semana anterior.

Quanto às reservas de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – aumentaram em 1,641 milhões de barris, contra um aumento estimado de mil milhões de barris.

Entretanto, Juan Ramon Fernandez Arribas, analistas petrolífero independente em Madrid, comentou à Bloomberg TV que os preços do crude, que já mais do que duplicaram face aos valores de há um ano, estão numa “bolha”.

“Trata-se de uma bolha, pelo menos a estes preços. Actualmente temos mais contratos de futuros de petróleo do que petróleo físico”, afirmou.

“Não há escassez de petróleo, apenas o receio disso. O valor de 135 dólares por barril é suficientemente alto para os preços começarem a cair”, acrescentou o analista.

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