A bolsa nacional desvalorizava pressionada pela queda da Portugal Telecom e correcção superior a 1% do BPI. O PSI-20 descia 0,08%, em contra ciclo com as congéneres europeias, que beneficiavam da apresentação dos resultados semestrais.

O principal índice nacional [psi20] recuava para os 7.526,86 pontos, numa altura em que os 12 títulos que subiam não conseguiam contrariar a queda de quatro acções.

A Portugal Telecom (PT) [ptc] depreciava 0,77% para os 7,77 euros. A operadora nacional não sobe há quatro sessões e acumula já uma queda superior a 14% este ano. A Anacom baixou em 7% a proposta da Portugal Telecom (PT) para a oferta de realuguer da linha de assinante (ORLA) a cobrar aos operadores, que permitirá a factura única, anunciou a entidade que regula o sector das telecomunicações em Portugal.

O Banco BPI anunciou hoje que alienou uma posição directa de 1,65% do capital da Portugal Telecom a investidores institucionais, numa operação em que realizou um encaixe de 149,4 milhões de euros.

O Banco BPI [bpin] deslizava 1,76% para os 3,34 euros, depois de ontem ter subido mais de 5,5%, devido a rumores de que o banco liderado por Fernando Ulrich possa vir a ser alvo de uma OPA por parte de um banco internacional, como o BBVA, ou de um reforço dos accionistas estratégicos.

O Banco Espírito Santo (BES) [besnn], que apresenta resultados amanhã, contrariava a tendência e subia 0,87% para os 12,75 euros, enquanto o Banco Comercial Português (BCP) [bcp] seguia inalterado nos 2,10 euros.

A Sonaecom [snc] subia 0,94% para os 3,21 euros a beneficiar do acordo entre a France Télécom, accionista da Optimus, e o Grupo Auna, para a aquisição de 80% do capital da unidade móvel espanhola, Amena, por 6,4 mil milhões de euros. A FT é accionista da Optimus.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] seguia inalterada nos 2,13 euros, no dia em que a hc energía, nova designação da Hidrocantábrico, a empresa espanhola da Energias de Portugal, anunciou que obteve lucros de 74 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, cerca de sete vezes mais do que o registado em igual período do ano passado.

O sector de «media» continua a animar a bolsa, com os três títulos a valorizarem, no dia em que a Marktest anunciou que o investimento publicitário realizado entre Janeiro e Junho ascendeu a 1,7 mil milhões de euros, distribuídos pelos cinco principais meios, o que corresponde a um acréscimo de 19,2% do investimento face ao período homólogo. A televisão recolheu mais de 65% do investimento global.

A Cofina [cofi] subia 1,05% para os 2,89 euros, depois de ontem ter avançado mais de 4%. A Impresa [ipr] apreciava 0,94% para os 5,36 euros e a Media Capital [mcp] avançava 0,73% para os 6,89 euros, a corrigir da perda de ontem após rever em baixa estimativas para este ano.

A Brisa [brisa], que apresentou ontem os resultados semestrais e reviu em baixa previsões de crescimento de receitas de portagens, subia 0,48% para os 6,34 euros. O CaixaBI reviu em baixa o preço-alvo da Brisa em 2,63% para 7,4 euros, depois da empresa ter apresentado os resultados e revisto em baixa o crescimento das receitas de portagem para este ano. Os analistas do BPI também afirmam que os dados do tráfego foram «piores do que o esperado».