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Pagamentos crescem 5% à boleia da recuperação do consumo e do turismo

2014 e 2015 foram anos de retoma dos pagamentos de retalho. Uma evolução que está associada à recuperação do consumo e do turismo.

Bloomberg
30 de Junho de 2016 às 17:45
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Foram realizados, ao longo de 2015, 2,2 milhões de pagamentos de retalho. Um valor que representa um crescimento de 4,8% face ao ano anterior. Já em termos de valor, estas operações equivaleram a 358 mil milhões de euros, mais 5,5% do que em 2014, revelou o Relatório dos Sistemas de Pagamento de 2015, publicado pelo Banco de Portugal.

"Os pagamentos de retalho registaram um crescimento, em valor e em número, reflectindo a evolução do consumo privado em Portugal", refere o comunicado do Banco de Portugal. "O recurso aos pagamentos electrónicos voltou a aumentar, com destaque para as compras internacionais, em linha com o crescimento do turismo em Portugal", acrescenta.


Foram realizadas 1,9 mil milhões de operações Multibanco, no valor de 99,4 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,4% e 5,1%, respectivamente, face a 2014. Aqui, as compras foram a principal operação, representando 47% do total de operações.


Quanto às compras internacionais, cresceram 23,3% em número e 15,9% em valor face a 2014, atingindo para os 2,8 mil milhões de euros. Uma evolução que o Banco de Portugal atribui ao crescimento do turismo em Portugal.

Em relação às transferências a crédito, foram realizadas 121,8 milhões de operações no valor de 174,4 mil milhões de euros, mais 3,1% e 13,4% do que no ano anterior.


A mesma evolução positiva não foi registada pelos débitos directos que diminuíram 6,6% em número e 5,4%. Atingiram os 153,5 milhões em número de operações e os 20 mil milhões de euros.


O Banco de Portugal explica ainda que as operações de pagamento de retalho devolvidas, rejeitadas ou revogadas foram "residuais". Atingiram os 0,11% nas transacções com cartão, os 0,13% nas transferências a crédito e os 0,4% nos cheques. "A insuficiência de fundos continuou a ser o principal motivo das rejeições e das devoluções dos pagamentos", explica o Banco de Portugal. 

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