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Débito directo e cartões são os meios de pagamento mais eficientes

Os custos com a utilização de instrumentos de pagamento de retalho situaram-se em 1,61% do PIB, segundo o Banco de Portugal. O cheque é considerado o meio de pagamento mais caro

Bloomberg
27 de Outubro de 2016 às 14:04
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Os custos de utilização de instrumentos de pagamento de retalho para a sociedade portuguesa atingiram cerca de 2,7 mil milhões de euros em 2013, o equivalente a 1,61% do PIB, segundo um estudo do Banco de Portugal (BdP) divulgado esta quinta-feira. A entidade detalha que "estes custos foram suportados em partes praticamente idênticas pelos bancos, comerciantes e consumidores".

Os bancos suportaram custos estimados em 883,4 milhões de euros (que tiveram proveitos associados de 627,2 milhões de euros). Já os custos privados dos consumidores foram estimados em 1,14 mil milhões de euros, com a maior factura a chegar com a utilização de notas e moedas. Neste meio de pagamento, o BdP associa os custos "ao tempo necessário para efectuar o pagamento e às comissões pagas aos bancos".

Débito directo tem o menor custo, cheque é o mais caro

O estudo do Banco de Portugal indica que, para os consumidores, o instrumento com um menor custo unitário é o débito directo. "Foi o instrumento com menor custo unitário para os consumidores, no valor de 3 cêntimos por pagamento", refere o estudo sobre os custos sociais dos instrumentos de pagamento de retalho em Portugal.

A entidade liderada por Carlos costa constata que "os cartões de débito surgiram como a segunda opção mais económica (20 cêntimos) ". Têm um custo unitário inferior ao numerário, que é estimado em 24 cêntimos. No caso das despesas associadas ao numerário, o BdP inclui "o tempo associado ao levantamento de notas e moedas, ao balcão dos bancos ou nos caixas automáticos".

Se o débito directo é o instrumento de pagamento com menor custo por transacção, o cheque está do lado oposto. "Os cheques foram o instrumento de pagamento com maior custo unitário, no valor de 2,05 euros por pagamento", realça o estudo. Já as "transferências a crédito apresentaram um custo unitário de 61 cêntimos e o cartão de crédito de 85 cêntimos por pagamento".


Para a banca, apenas os cartões e os cheques cobrem os custos

O Banco de Portugal detalha que os proveitos da banca com instrumentos de pagamento correspondem a 71% dos custos que as entidades financeiras têm. "Os únicos instrumentos de pagamento cujos proveitos gerados cobriram os custos foram os cartões de débito e os cheques (130 por cento e 100 por cento, respectivamente) ", conclui o estudo.



Incluindo os custos tanto para a banca, como para consumidores e comerciantes, o meio de pagamento mais eficiente é o cartão de débito. "Na perspectiva dos custos, o cartão de débito revelou-se mais eficiente para a sociedade do que o numerário para efectuar pagamentos nos pontos de venda (50 cêntimos por transacção versus 53 cêntimos)".

 

No entanto, o Banco de Portugal detalha que "o numerário é o instrumento menos dispendioso para pagamentos abaixo de 1,89 euros; acima deste valor, o cartão de débito é sempre menos custoso para a sociedade". E conclui que "os instrumentos com maiores custos unitários são o cheque e o cartão de crédito, que custam à sociedade 2,45 euros e 2,20 euros por pagamento, respectivamente".

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