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Ouro imparável atinge máximo perto dos 1.400 dólares

O metal amarelo está a ser sustentado pelos receios de que a criação de empregos nos EUA não seja duradoura e pela previsível queda do dólar com as medidas da Fed para impulsionar a economia norte-americana. A 1,73 dólares do número redondo dos 1.400, segue em alta pelo 10º ano consecutivo.

Ouro imparável atinge máximo perto dos 1.400 dólares
05 de Novembro de 2010 às 20:00
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O ouro não pára de subir e hoje atingiu um novo máximo histórico, nos 1.398,27 dólares por onça. A impulsionar o metal precioso estão os receios em torno do crescimento da maior economia do mundo e a previsão de que o dólar continuará a debilitar-se.

Em alta pelo 10º ano consecutivo – um feito único no grupo das matérias-primas -, o ouro marcou assim hoje um novo recorde, a beneficiar do seu estatuto de valor-refúgio. A animar a negociação do metal amarelo está a depreciação da moeda norte-americana pela segunda semana face a um cabaz de seis grandes divisas.

Quando a nota verde desvaloriza, os activos denominados em dólares - como é o caso das “commodities” - ficam mais atractivos como investimento alternativo.

“Os mercados estão a aperceber-se que o impacto das medidas de estímulo à economia são um factor de forte enfraquecimento do dólar”, comentou à Bloomberg um operador da Integrated Brokerage Services, Frank McGhee.

Além disso, apesar de os mercados bolsistas terem estado hoje a saudar o aumento acima do esperado do número de novos empregos nos EUA, o certo é que se intensificam as dúvidas quanto à sua duração. Segundo o “The Wall Street Journal”, os investidores começam a questionar-se sobre quanto tempo é que este ganho de empregos irá durar.


Rumo a uma segunda "década dourada"
O contrato de Dezembro do ouro segue a ganhar 0,5% para 1.389,60 dólares por onça no mercado nova-iorquino, acumulando já uma subida anual próxima dos 30% - o que não deixa muitas dúvidas de que entrará em alta no ano 2011, a caminho de tentar uma segunda “década dourada”, conforme comentou recentemente ao Negócios um analista de matérias-primas na LGT Capital Management, Bayram Dincer.

Por seu turno, o ouro para entrega imediata (mercado “spot”) avançou para o recorde de 1.398,27 dólares em Londres.

“Os preços do ouro deverão continuar a ganhar terreno até que as políticas da Fed estejam normalizadas”, opinou à Bloomberg um analista da MF Global Holding, Tom Pawlicki.

De facto, cada vez mais casas de investimento estimam que o ouro continuará a sua escalada – “subida livre”, como referem os analistas técnicos, visto não haver zona de resistência. Ou seja, o potencial de subida não está esgotado – até porque grande parte dos especialistas nega que haja uma bolha no ouro.

Os analistas do Goldman Sachs referiram numa nota de “research” publicada hoje que o metal amarelo poderá chegar aos 1.650 dólares nos próximos 12 meses.

A beneficiar do optimismo do ouro estão os restantes metais preciosos. A prata, por exemplo, renovou hoje máximos de 30 anos em Londres, com o contrato de Dezembro a cotar-se nos 26,915 dólares por onça. Com efeito, desde Março de 1980 que a prata não atingia estes valores.

Os futuros do paládio para entrega em Janeiro subiram 0,4% para 1.762,80 dólares por onça, ao passo que o contrato de Dezembro da platina avançou 1,8% para 686,65 dólares.

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