Apesar da forte subida das bolsas nos últimos meses, continua a haver boas oportunidades de investimento nos mercados accionistas e 2009 é considerado o ano por excelência das acções. Segundo José Santos Teixeira, presidente da Optimize, a enorme liquidez e os sinais de retoma, com muitos indicadores a regressarem a valores normais, justificam o investimento. China e Índia, Europa e Brasil são boas apostas.

"Existe agora a convicção de que o crescimento económico vai voltar, mas o crescimento vai ser em novas empresas e sectores", realçou o "chairman" da gestora, numa conferência sobre o balanço do primeiro ano de actividade da empresa. Santos Teixeira realçou ainda que "uma percentagem cada vez maior de crescimento vem dos emergentes", razão pela qual garante que, quem quer "investir em crescimento económico, terá que estar nestes mercados".

Nos últimos seis meses, as bolsas mundiais registaram ganhos superiores a 50%. Santos Teixeira lembra que, em termos históricos, "depois de crises houve sempre uma grande recuperação dos mercados" e "estamos no início da crise", razão que justifica o bom momento de entrada. "Ainda falta o dobro do que já está", garantiu o mesmo especialista, que considera que "2009 é o melhor ano para investir em acções desde a Segunda Guerra Mundial".

Mas investir onde? Apesar de também estar optimista para o mercado da dívida de empresas e para as obrigações de mercados emergentes, é nas acções que Santos Teixeira identifica as grandes oportunidades. Para o presidente da Optimize é nos mercados accionistas da China, Índia, Europa e Brasil que se encontram as melhores apostas, deixando de lado os Estados Unidos, devido ao risco de desvalorização do dólar.

Por sectores, o responsável destaca as empresas ligadas ao ramo farmacêutico, infra-estruturas, imobiliário e construção. São oportunidade ainda companhias com actividades ligadas às alterações climáticas.