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"Nenhum dos grandes bancos aderiu à comercialização de certificados", diz Paulo Macedo

A Caixa Geral de Depósitos ainda está a estudar o assunto, mas o CEO indica que os grandes bancos estão para já de fora da comercialização de certificados. O BiG começou a fazê-lo esta quinta-feira.

Mariline Alves / Cofina Media
A rede de distribuição de produtos de poupança do Estado está a crescer, mas para já não deverá abranger os grandes bancos. Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos, afasta para já essa hipótese.

"Nenhum dos grandes bancos aderiu à comercialização de certificados de aforro", afirmou Paulo Macedo, esta sexta-feira na apresentação das contas de 2023 do banco, que alcançou um lucro histórico de 1.291 milhões de euros.

"A Caixa vai estudar o assunto", disse, lembrando que é sempre preciso "ver a questão da canibalização relativamente aos produtos comercializados pela Caixa" como é o caso dos depósitos, de onde se verificou no primeiro semestre de 2023 uma forte debandada de poupanças em direção aos certificados de aforro.

Na altura, a subida da Euribor a três meses (que é usada no cálculo do juro destes produtos) tornou os certificados mais atrativos e gerou uma onda de entradas de capital em níveis recorde. Contudo, em junho do ano passado, o Governo decidiu lançar uma nova série com um tecto mais baixo de juros e um valor máximo que pode ser investido. A mudança travou o interesse.

Apesar disso, o Banco de Investimento Global (BiG) tornou-se esta quinta-feira o primeiro banco a aderir ao plano da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP de alargar a rede de distribuição de certificados. Até agora, era apenas possível comprar certificados de aforro e do Tesouro nos CTT, Espaços Cidadão e na plataforma digital AforroNet.

O arranque da comercialização de certificados pelo BiG surgiu na sequência de um projeto que tem vindo a ser desenvolvido com a EsPAP e do visto prévio do Tribunal de Contas sobre este contrato. A expansão da rede física e o alargamento das plataformas digitais insere-se na estratégia da transformação digital do IGCP iniciada em 2023.

Em fevereiro do ano passado, o presidente do IGCP, Miguel Martín, disse, durante uma audição parlamentar na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), que o Estado português estava a pagar aos CTT entre 0,585% a 0,26% pelas subscrições dos certificados de aforro ou do Tesouro, sendo que objetivo era alargar a rede de distribuição destes produtos.


"Todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, num modelo de adesão voluntário e aberto", afirmou o IGCP na quinta-feira, em comunicado.
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