"A Caixa não é como outras empresas portuguesas recapitalizadas pelo Estado", como o Novo Banco ou a TAP, afiançou o CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD) perante os 2.500 trabalhadores que estiveram presentes no encontro anual do banco estatal, realizado neste sábado,16 de março, no Campo Pequeno, em Lisboa.

"É um orgulho estarmos a 300 milhões de euros de completar a devolução ao Estado da recapitalização feita", enfatizou Paulo Macedo, reportando-se ao dinheiro que falta reembolsar para os 2.500 milhões injetados em dinheiro fresco em 2017.

"Neste período (entre 2017 e 2023) geramos capital que hoje a CGD apresenta mais do dobro do capital que o Estado investiu, cerca de 10 mil milhões de euros", frisou, num encontro com quadros que aconteceu um dia depois da apresentação de contas do banco relativas a 2023, ano em que obteve lucros de 1.291 milhões de euros, valor que representa um aumento de 53% em relação aos lucros de 843 milhões que tinha alcançado no ano anterior.

"Obtivemos os maiores resultados de sempre da CGD e distribuímos pelos colaboradores os maiores prémios per capita de sempre", realçou Paulo Macedo.

"A Caixa está focada na meritocracia e vai pagar 22,6 milhões de euros de prémios no dia 26 de março e distribuir, em 2024, 7,6 milhões em incentivos comerciais. São mais de 30 milhões de euros em remuneração variável", detalhou o CEO do banco estatal.

"Pagamos prémios a 93% dos colaboradores, contra 90% no ano passado - e destes, recebem, no mínimo, um salário", garantiu Macedo, num encontro que contou com a participação das apresentadoras de televisão Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves.