Notícia
Negócios encolhem com clima de receio. Valor das fusões e aquisições na Europa recua 55%
A subida das taxas de juro, a instabilidade geopolítica e as preocupações com a recessão pressionaram a atividade das fusões e aquisições na Europa, que caiu mais de 50%.
A atividade das fusões e aquisições (M&A na sigla em inglês) na Europa tropeçou num contexto económico mundial desafiante. Os negócios ainda acontecer, mas foram mais pequenos, com o volume total fechado no primeiro semestre deste ano a recuar 55%, face ao período homólogo. O tombo na região ainda foi mais acentuado do que a queda a nível global.
"Durante o ano passado, o universo das fusões e aquisições enfrentou os desafios mais prolongados desde crise financeira de 2008 e 2009. A subida das taxas de juro, a instabilidade geopolítica e as preocupações com a recessão foram alguns dos fatores que conduziram a uma quebra na atividade de negócios a nível mundial", descreve a consultora Boston Consulting Group (BCG), num relatório sobre a evolução da atividade M&A a nível global.
Consequentemente, no primeiro semestre o valor das transações fechadas a nível global diminuiu 45% em relação ao mesmo período do ano passado. E a evolução da atividade na Europa não só seguiu o tombo europeu, como deu um trambolhão ainda maior: o valor dos negócios fechados recuou 55% em comparação com o mesmo período de 2022, aponta Jens Kengelbach, diretor-geral, sócio sénior e líder global de fusões e aquisições na BCG.
"A recente atividade europeia de fusões e aquisições espelhou-se nas tendências mundiais. A atividade atingiu níveis recorde em 2021 e manteve a dinâmica no primeiro semestre de 2022, seguindo-se um abrandamento no segundo semestre de 2022, que se prolongou até ao início de 2023", explica o especialista.
A pesar no total do semestre esteve, principalmente, a atividade dos primeiros três meses do ano. De abril a junho, esta já dava mostras de querer dar uma cambalhota, refere Jens Kengelbach, sobretudo devido à conclusão de acordos avaliados em mais de 500 milhões de euros.
Entre eles, a BCG destaca a oferta da mineira suíça Glencore para adquirir a empresa do mesmo setor Teck Resources por 31,4 mil milhões de dólares, bem como a aquisição da tecnológica SoftwareONE pela financeira Bain Capital, no valor de 3,8 mil milhões de dólares. Além disso, a fabricante de ar condicionados norte-americana Carrier Global também comprou a divisão de tecnologia sustentável Climate Solutions, à empresa de energias renováveis alemã Viessmann, por 13,2 mil milhões de dólares.
Apesar de o especialista reconhecer a volatilidade do mercado e a incerteza macroeconómica e geopolítica no futuro, está confiante que a necessidade de uma transição no setor da energia - nomeadamente no automóvel para modelos mais verdes - e a expansão da tecnologia e digitalização, aliado a condições económicas mais favoráveis vão ser "catalisadores" para o aumento da atividade.
"Há muitas empresas de investimento que detêm um capital significativo inexplorado e que está à espera de ser usado", remata.
"Durante o ano passado, o universo das fusões e aquisições enfrentou os desafios mais prolongados desde crise financeira de 2008 e 2009. A subida das taxas de juro, a instabilidade geopolítica e as preocupações com a recessão foram alguns dos fatores que conduziram a uma quebra na atividade de negócios a nível mundial", descreve a consultora Boston Consulting Group (BCG), num relatório sobre a evolução da atividade M&A a nível global.
"A recente atividade europeia de fusões e aquisições espelhou-se nas tendências mundiais. A atividade atingiu níveis recorde em 2021 e manteve a dinâmica no primeiro semestre de 2022, seguindo-se um abrandamento no segundo semestre de 2022, que se prolongou até ao início de 2023", explica o especialista.
A pesar no total do semestre esteve, principalmente, a atividade dos primeiros três meses do ano. De abril a junho, esta já dava mostras de querer dar uma cambalhota, refere Jens Kengelbach, sobretudo devido à conclusão de acordos avaliados em mais de 500 milhões de euros.
Entre eles, a BCG destaca a oferta da mineira suíça Glencore para adquirir a empresa do mesmo setor Teck Resources por 31,4 mil milhões de dólares, bem como a aquisição da tecnológica SoftwareONE pela financeira Bain Capital, no valor de 3,8 mil milhões de dólares. Além disso, a fabricante de ar condicionados norte-americana Carrier Global também comprou a divisão de tecnologia sustentável Climate Solutions, à empresa de energias renováveis alemã Viessmann, por 13,2 mil milhões de dólares.
Apesar de o especialista reconhecer a volatilidade do mercado e a incerteza macroeconómica e geopolítica no futuro, está confiante que a necessidade de uma transição no setor da energia - nomeadamente no automóvel para modelos mais verdes - e a expansão da tecnologia e digitalização, aliado a condições económicas mais favoráveis vão ser "catalisadores" para o aumento da atividade.
"Há muitas empresas de investimento que detêm um capital significativo inexplorado e que está à espera de ser usado", remata.