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Maior fundo soberano do mundo ganha 38 mil milhões com subidas das bolsas
O fundo soberano da Noruega teve um retorno de 4% nos primeiro três meses do ano, com os seus investimentos em ações a subirem 6,6% entre janeiro e março.
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, teve um retorno de 4%, equivalente a 382 mil milhões de coroas norueguesas (cerca de 38,15 mil milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, beneficiado pela subida do seu portefólio de ações, que ajudou a compensar o desempenho mais fraco dsa obrigações.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, o vice-presidente do fundo, Trond Grande, afirmou que a subida do mercado acionista foi conduzida, em grande medida, pelos setores financeiro e da energia, e que o fundo pretende aumentar a aposta nas ações dos Estados Unidos, devido às suas perspetivas de valorização.
O valor total do fundo era de 1,32 biliões de dólares no final de março, depois de três meses em que a subida da moeda norueguesa tirou cerca de 178 mil milhões de coroas ao fundo e em que o governo retirou de lá 83 mil milhões de coroas.
O desempenho do fundo sediado em Oslo teve um desempenho 24 pontos base acima do benchmark estabelecido pelo ministério das finanças do país. Os investimentos em ações ganharam 6,6%, os ativos de taxa fixa subiram 3,2% e o imobiliário teve um retorno de 1,4%.
No ano passado, o fundo teve um retorno de 10,9%, ou 123 mil milhões de dólares, o segundo melhor resultado em mais de 20 anos.
Nicolai Tangen, o seu CEO e antigo gestor de hedge funds já avisou, porém, que esta evolução será difícil de replicar até porque os preços dos ativos estão a beneficiar de estímulos massivos que não vão durar para sempre.
Criado na década de 1990 para investir as receitas de petróleo e gás da Noruega no estrangeiro, o fundo entrou na infraestrutura renovável pela primeira vez no início deste ano, à medida que alarga a lista de classes de ativos que detém. O governo da Noruega também quer que o fundo elimine mais de 2.000 empresas como parte de uma proposta criada para garantir que não fica exposto a riscos climáticos ou sociais, especialmente em mercados emergentes.