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Juros dos periféricos sobem e ampliam prémio de risco face à Alemanha

Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir e prolongam o prémio de risco que os investidores exigem para deter dívida portuguesa em vez da alemã.

08 de Novembro de 2010 às 12:58
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A tendência de subida é acompanhada pela Irlanda, onde os juros das obrigações também se estão a distanciar da remuneração que os investidores requerem para deter a dívida alemã.

Os juros das obrigações portuguesas com maturidade a 10 anos avançam 7,3 pontos base para 6,588%, depois de terem permanecido estáveis durante a maior parte da manhã. O prémio de risco das obrigações alemãs com idêntica maturidade ascende agora aos 418,5 pontos base.

Isto depois de terem chegado a saldar-se nos 410 pontos na sessão de hoje, com os juros das obrigações a corrigirem do máximo histórico de 6,655% que atingiram na última quinta-feira.

No entanto é nos prazos mais curtos que a subida é mais acentuada, com as obrigações com maturidades próximas dos cinco anos a ascenderem 15,1 pontos para 5,495% e a dívida de dois anos a progredir 11,8 pontos para 4,104%.

A tendência de subida dos juros também se faz sentir na Irlanda. O país que apresentou planos para reduzir o défice para 9,25% do PIB em 2011, vê os juros da dívida a 10 anos avançar 11,2 pontos base para 7,735%, enquanto nas obrigações a dois anos os juros sobem 4,5 pontos para 4,882%.

FT põe Portugal e Irlanda "na linha da frente da luta pela sobrevivência do euro"

O Financial Times dedica hoje uma página a analisar a crise financeira em Portugal. O diário britânico conclui que "não é uma missão impossível" o País recuperar a confiança dos mercados e assim escapar ao FMI e assinala que, para José Sócrates, a luz ao fundo do túnel nunca se vai apagar.

O FT salienta que Portugal e a Irlanda estão agora na linha da frente da luta pela sobrevivência do euro, sendo que a justificação para a situação de Portugal, segundo o jornal, deve-se aos resultados piores do que o esperado da execução orçamental nos primeiros nove meses do ano e a crise política em torno da aprovação do Orçamento

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