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Juros de Itália afundam e afastam-se da barreira dos 7%

As rendibilidades exigidas pelos investidores para deterem títulos italianos estão em forte queda no mercado secundário. Em Espanha, o comportamento é igualmente de queda, ao passo que em Portugal a tendência é mista.

11 de Novembro de 2011 às 09:22
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A pressão está a aliviar ligeiramente para a Itália no mercado de dívida. As “yields” pedidas pelos investidores para terem em carteira obrigações do país estão em forte queda, recuando mais de 20 pontos base na generalidade dos prazos e afastando-se da temida barreira dos 7%, ultrapassada esta semana.

Hoje, serão votadas no Senado as medidas de austeridade definidas pelo país e por Bruxelas para a redução da dívida do país. Após a votação, Sílvio Berlusconi deverá renunciar, como anunciou esta semana. Mario Monti é o nome avançado para o suceder no cargo de primeiro-ministro de um Governo de unidade nacional.

Também hoje, o presidente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling, afirmou que Itália deve pôr em prática as medidas, como forma de tranquilização dos mercados, o mais rapidamente possível.

“A Itália não tem muito tempo para tranquilizar os mercados”, declarou Regling, citado por vários jornais europeus. O país “tem necessidade de ter um governo capaz de funcionar o mais rapidamente possível”.

Os juros estão a cair 30 pontos base nas obrigações com prazos mais curtos, sendo que a taxa a dois anos está nos 6%. A 10 anos, a “yield” segue nos 6,6%. Ambas estiveram já acima dos 7%, a fasquia ultrapassada pelas “yields” das obrigações portuguesas, irlandesas e gregas, o que acabou por levar ao resgate destes três países.

Já ontem as taxas de juro implícitas da dívida italiana estiveram em queda no mercado secundário, no que foi atribuído a uma compra em força pelo Banco Central Europeu (BCE). Hoje, não há confirmação de que tal esteja a acontecer.

O Nobel da Economia Paul Krugman disse hoje que a autoridade monetária tinha de imprimir dinheiro para comprar dívida italiana, de forma a enfrentar esta crise.

Queda em Espanha, França e Bélgica

Entretanto, em Espanha, França e Bélgica, a tendência das “yields” também é de queda, isto depois de ontem estes três países terem estado em destaque no mercado de dívida. O prémio das suas rendibilidades alcançou um máximo desde a entrada no euro face às das obrigações alemãs.

Em Portugal, o desempenho das taxas de juro implícitas é misto. Na maturidade a dois anos, a taxa sobe 22 pontos base para 17,6%, depois de ter estado acima de 20% na semana. A cinco anos, está a cair 20 pontos base para 13,4%.

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