A remuneração das obrigações a 10 anos avançam 5,4 pontos base para 6,654% num dia em que também a remuneração da dívida alemã está a subir.

O prémio de risco que os investidores exigem para deter a dívida pública portuguesa é de 364,8 pontos base. Isto segundo as taxas de juro genéricas da Bloomberg, que o Negócios utiliza para acompanhar a percepção do risco da dívida dos países.

Já a remuneração da dívida nacional a cinco anos agrava-se 6,0 pontos base para 5,728% e os juros dos títulos com maturidade a dois anos avançam 15,8 pontos base para 4,268%.

Também os juros das obrigações alemãs estão a subir, num movimento que reflecte a preferência dos investidores por uma maior exposição a activos de maior risco como as acções. Assim, uma maior oferta de obrigações pressiona o seu preço, que oscila em sentido contrário ao dos juros.

“Esperamos alguns ventos contrários para as acções com os activos de maior risco a encontrarem-se estáveis ou em alta, o que diminui a procura” de activos de rendimento fixo, explicou o estratega de investimento em obrigações do Deutsche Bank, David Schnautz, à Bloomberg.

Os juros das “bunds” alemãs com maturidade a 10 anos sobem 3,0 pontos base para 3,006%, enquanto a “yield” das obrigações a cinco anos se agrava 0,3 pontos para 1,886%. Já na maturidade a dois anos, os juros caem 1,1 pontos base para 0,869%.

Juros da dívida de Espanha e Irlanda caem

Já a remuneração das obrigações de Espanha está a descer, com a taxa dos títulos 10 anos a recuar 1,6 pontos base para 5,458% e da dívida a cinco anos a recuar 0,4 pontos base para 4,686%. Na maturidade de dois anos a “yield” declina 5,2 pontos para 3,401%.

A “yield” da dívida da Irlanda, que serve de referência uma vez que o país se está a financiar junto do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, também desce. Na dívida a 10 anos os juros caem 2,9 pontos base para 9,009% e nas obrigações dois anos a remuneração desce 18,6 pontos base para 5,109%.