Notícia
JPMorgan mais pessimista que o mercado. Fed e BCE só devem cortar até três vezes juros em 12 meses
O banco de investimento está assim mais pessimista do que o mercado, que só para este ano, na Zona Euro, aposta numa grande probabilidade de mais dois cortes - um em setembro e outro em dezembro.
Nos próximos 12 meses, a Reserva Federal (Fed) norte-americana e o Banco Central Europeu (BCE) devem cortar os juros diretores "entre duas a três vezes", antecipa Elena Domecq, responsável pela equipa de clientes e estratégia para Portugal da JP Morgan Asset Management (JPMAM), numa apresentação sobre as perspetivas para a segunda metade deste ano.
O banco de investimento está assim mais pessimista do que o mercado, que só para este ano, na Zona Euro, aposta numa grande probabilidade de mais dois cortes, um em setembro e outro em dezembro.
Atualmente, os preços dos "swaps" incorporam probabilidades de mais de 70% de cortes de juros na Zona Euro em setembro e dezembro de quase 30% em outubro. Para o próximo ano, os investidores apontam para haja 34,4% de chance de redução das taxas de referência, estando ainda mais otimistas março (66,1%) e junho (63,3%) e menos otimistas para abril (34,1%) de 2025.
Já para a reunião marcada para esta quinta-feira o mercado e os analistas acreditam que as taxas de juro devem manter-se inalteradas, sem qualquer corte.
Já nos EUA, onde a JP Morgan Asset Management espera mais "dois a três cortes" nos próximos 12 meses, os investidores estão também mais otimistas, antevendo fortes probabilidades de redução da taxas dos fundos federais, que se fixam entre os 63% e os 95,5%, só entre as reuniões agendadas para o período entre setembro deste ano e janeiro de 2025. De janeiro a junho do próximo ano, a Bloomberg, que calcula estas probabilidades a partir dos contratos de "swaps" ainda não existem dados disponíveis.
Olhando para o momento em que o banco central norte-americano deve começar a cortar a taxa dos fundos federais, Elena Domecq acredita que "existe uma probabilidade de a Fed começar a cortar juros em setembro", mas recorda que o mais importante não é saber se esta redução será em setembro ou dezembro "mas sim a tendência".
E a tendência será de alívio da política monetária, mas sem regressar ao passado. "A pergunta é onde vão chegar as taxas de juro e o que vemos é uma normalização de política monetária, que não vai passar de restritiva para extremamente acomodatícia como vimos antes, porque não é lógico", prevê a responsável pela equipa de clientes e estratégia para Portugal da JP Morgan Asset Management.
O JPMorgan antecipa uma queda da inflação, mas Elena Domecq alerta que este recuo do índice de preços até à meta dos bancos centrais, ou seja, até aos 2% "não será linear". "Podemos ter volatilidade pelo caminho", acrescenta a responsável.
(Notícia atualizada às 11:21 horas).
"Esperamos dois a três cortes das taxas de juro pelo BCE nos próximos 12 meses", referiu Elena Domecq. Já quando questionada se havia a possibilidade de a autoridade monetária não deliberar mais nenhuma redução das taxas de referência até ao final deste ano, depois de em junho ter descido pela primeira vez os juros desde 2019, discordou e explicou que "é possível haver ainda mais uma redução este ano".
O banco de investimento está assim mais pessimista do que o mercado, que só para este ano, na Zona Euro, aposta numa grande probabilidade de mais dois cortes, um em setembro e outro em dezembro.
Atualmente, os preços dos "swaps" incorporam probabilidades de mais de 70% de cortes de juros na Zona Euro em setembro e dezembro de quase 30% em outubro. Para o próximo ano, os investidores apontam para haja 34,4% de chance de redução das taxas de referência, estando ainda mais otimistas março (66,1%) e junho (63,3%) e menos otimistas para abril (34,1%) de 2025.
Já para a reunião marcada para esta quinta-feira o mercado e os analistas acreditam que as taxas de juro devem manter-se inalteradas, sem qualquer corte.
Já nos EUA, onde a JP Morgan Asset Management espera mais "dois a três cortes" nos próximos 12 meses, os investidores estão também mais otimistas, antevendo fortes probabilidades de redução da taxas dos fundos federais, que se fixam entre os 63% e os 95,5%, só entre as reuniões agendadas para o período entre setembro deste ano e janeiro de 2025. De janeiro a junho do próximo ano, a Bloomberg, que calcula estas probabilidades a partir dos contratos de "swaps" ainda não existem dados disponíveis.
Olhando para o momento em que o banco central norte-americano deve começar a cortar a taxa dos fundos federais, Elena Domecq acredita que "existe uma probabilidade de a Fed começar a cortar juros em setembro", mas recorda que o mais importante não é saber se esta redução será em setembro ou dezembro "mas sim a tendência".
E a tendência será de alívio da política monetária, mas sem regressar ao passado. "A pergunta é onde vão chegar as taxas de juro e o que vemos é uma normalização de política monetária, que não vai passar de restritiva para extremamente acomodatícia como vimos antes, porque não é lógico", prevê a responsável pela equipa de clientes e estratégia para Portugal da JP Morgan Asset Management.
O JPMorgan antecipa uma queda da inflação, mas Elena Domecq alerta que este recuo do índice de preços até à meta dos bancos centrais, ou seja, até aos 2% "não será linear". "Podemos ter volatilidade pelo caminho", acrescenta a responsável.
(Notícia atualizada às 11:21 horas).