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JPMorgan aumenta aposta em matérias-primas e recua em obrigações
Estrategistas do JPMorgan Chase recomendam que os investidores aumentem posições em matérias-primas, reduzam ainda mais o peso em obrigações e mantenham uma exposição pró-risco às ações.
Uma equipa que inclui Marko Kolanovic, Nikolaos Panigirtzoglou e John Normand elevou a exposição a matérias-primas de um portefólio modelo do JPMorgan de 4% para 6%, segundo uma nota divulgada na quinta-feira. Os estrategistas reduziram a exposição a títulos públicos de -12% para -13%, e em títulos de empresas de 3% para 2%. Posições em ações foram mantidas estáveis em 10%.
Segundo os estrategistas, as posições overweight em matérias-primas foram elevadas, em particular energia, "tanto como hedge contra a inflação como para nos posicionarmos para uma recuperação cíclica contínua". As mudanças são financiadas por uma menor posição overweight em crédito, "onde os spreads já testam as metas de final de ano dos nossos estrategistas".
A equipa do JPMorgan espera um forte crescimento da economia global e vê menores riscos de questões como guerra comercial, pandemia de Covid-19 e Brexit, de acordo com o relatório. A previsão está amplamente em linha com as projeções de muitas firmas de Wall Street. No mês passado, o estrategista Panigirtzoglou alertou sobre um "claro consenso" nos mercados que poderia causar uma concentração exagerada em algumas apostas.
"Continuamos a inclinar o portefólio para ativos cíclicos e de valor", escreveram os estrategistas. Estes "devem continuar a apresentar um desempenho superior à medida que a distribuição das vacinas estimula uma reabertura mais ampla da economia e estímulos adicionais apoiam a recuperação".