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Investimento nacional em acções cresce 3 vezes mais que na Europa

Os gestores dos fundos de investimento portugueses estão mais confiantes para as acções que os seus congéneres do resto da Europa, com o seu investimento em títulos de empresas cotadas a aumentar a uma velocidade 3,5 vezes superior ao de todo o mercado eu

21 de Junho de 2007 às 07:20
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Os gestores dos fundos de investimento portugueses estão mais confiantes para as acções que os seus congéneres do resto da Europa, com o seu investimento em títulos de empresas cotadas a aumentar a uma velocidade 3,5 vezes superior ao de todo o mercado europeu.

Os dados da associação europeia de fundos e de gestão de activos (EFAMA) para o primeiro trimestre do ano revelam que os fundos portugueses geriam, no final de Março, acções no valor de 3,26 mil milhões de euros, mais 9,59% que no início de 2007. Já na Europa, o crescimento do investimento em acções no mesmo período foi de 2,71%, alcançando os 2,19 biliões de euros.

Apesar desta convergência entre a exposição de risco entre Portugal e a Europa, o mercado nacional ainda é bem mais conservador, continuando a ser dominado pelos fundos que investem em obrigações ou tesouraria.

No final de Março, apenas 12,65% de todo o capital gerido por fundos de investimento mobiliário em Portugal é que estava aplicado na classe de acções. Cerca de 68% estavam investidos em activos conservadores, como as obrigações ou moeda (tesouraria).

Pelo contrário, na Europa, o investimento dos fundos de acções representava 40,65% do total, cerca de 1% mais que o montante gerido pelos fundos de obrigações e de tesouraria.

Esta evolução pode denotar, no entanto, alguma falta de precaução dos gestores nacionais, que podem estar a ir contra a maré do mercado europeu, numa altura em que muitos gestores estrangeiros, e alguns nacionais, começam a temer uma forte correcção das bolsas. Registe-se, por exemplo, a correcção dos mercados accionistas no final de Fevereiro, início de Março.

Além disso, a razão de uma maior exposição a acções pode não ser culpa dos gestores, mas também dos investidores que resolvem subscrever os fundos levados pelo ânimos dos recentes ganhos.

No entanto, apesar da correcção a meio do trimestre, no final de Março a prestação das acções desde o início do ano foi positiva e os gestores nacionais provaram ter razão quanto ao "timing" de reforço no mercado accionista, registando boas prestações e beneficiando da subida acima da média da bolsa de Lisboa.

E as acções têm mesmo sido os "activos da moda", pois, em termos do total de capital em carteira, os fundos de investimento mobiliário (FIM) geriam menos 0,11% de capital no final de Março que três meses antes, descendo de 25,76 mil milhões de euros para 25,73 mil milhões.

Já na Europa, o capital sob gestão cresceu 4,4% para os 6,02 biliões de euros, o valor mais alto de sempre. O aumento foi sentido em quase todos os países do Continente, com Portugal a estar entre os cinco mercados nacionais que perderam activos sob gestão.

Fundos ajudam bolsa a subir

O crescente investimento dos fundos em acções resultou da boa prestação dos mercados accionistas nos últimos anos. A entrada de mais capital acaba, no entanto, por ser um forte motivo de subida das bolsas, pois a liquidez aumenta exponencialmente.

O maior interesse de alguns investidores em fundos de acções (principalmente nacionais) tem sido um forte catalisador do PSI-20.

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