Os portugueses estão a desinvestir dos fundos de acções nacionais há 17 meses consecutivos, sendo que esta classe é uma das que está a sofrer mais com a saída de capitais.

Em Junho a tendência permaneceu. As subscrições líquidas foram negativas em 14 milhões de euros, tal como tem vindo a acontecer em todos os meses desde Março de 2011.

Desde o início do ano as subscrições líquidas dos fundos de acções foram negativas em 123 milhões de euros, a pior prestação entre as quatro classes de fundos. Tendo em conta os 12 meses anteriores a Julho deste ano a perda é já de 302 milhões de euros, de acordo com os dados hoej divulgados pela APFIP.

Esta tendência de saída de capitais dos fundos de investimento em acções deve-se sobretudo à prestação negativa dos mercados accionistas, sobretudo da bolsa de Lisboa. O PSI-20 perde 11% este ano e nos últimos 12 meses acumula uma queda de 18%.

Os investidores estão a optar por colocar o dinheiro em fundos de menor risco. Em Julho as subscrições líquidas de fundos de tesouraria foram positivas em 42 milhões de euros, o que permitiu que as subscrições líquidas de todos os fundos de investimento fossem também positivas (23 milhões de euros).

Apesar da recuperação do último mês, a tendência no acumulado do ano ainda é negativa, com as subscrições líquidas dos fundos de investimento a serem negativas em 10 milhões de euros.

No acumulado dos últimos 12 meses as subscrições líquidas são negativas em 864 milhões de euros. Apesar do valor ser considerável, é bem inferior ao acumulado de 12 meses de mais de 3 mil milhões de euros que se registava em Novembro de 2011.