Notícia
Ibex-35 é o único grande índice mundial com perdas em 2012
Bolsa de Madrid não tem trazido grandes surpresas nos primeiros três meses do ano: a queda tem sido constante e já perde cerca de 5% nesse período.
A bolsa espanhola é a única dos mercados desenvolvidos que está em queda no acumulado do ano. De entre os 93 índices mundiais de referência seguidos pela Bloomberg, apenas 17 estão em terreno negativo no cômputo de 2012 e o IBEX-35 é um deles: trata-se do nono índice que mais cai. Isto numa altura em que temos o índice japonês Nikkei 225 a subir mais de 21% e o alemão DAX a valorizar 20,8% desde o início do ano.
No acumulado de 2012, o índice madrileno regista uma queda de 4,85%. E porquê? Sobretudo devido à desconfiança dos investidores, numa altura em que se fala da possibilidade de Espanha ter de pedir ajuda à troika e em que os juros da dívida só têm aliviado com as injecções de liquidez por parte do BCE.
Os analistas contactados pelo “Expansión” apresentam sete razões principais para este desempenho negativo da praça madrilena: a crise da dívida soberana na Zona Euro, com maiores pressões recentes sobre Espanha; problemas estruturais no país e poucas expectativas em termos de crescimento; falta de confiança por parte dos investidores e dos mercados; ponderação desequilibrada do Ibex-35, uma vez que seis títulos (Telefónica, Santander, BBVA, Iberdrola, Repsol e Inditex) representam praticamente 70% do índice; ataques à banca, com a tomada de posições curtas por parte de muitos investidores; aumento do diferencial entre as bolsas, o que faz com que cada vez mais se fuja do índice mais fraco; e falta de visão no que diz respeito às oportunidades no risco.
“É complicado convencer um investidor a comprar risco quando a ideia é evitar riscos. Mas isso também constitui uma oportunidade”, comentou ao jornal espanhol o director de “research” da Inverseguros, Alberto Roldán.
O facto de surgirem cada vez mais vozes – desde a Comissão Europeia aos principais economistas de bancos de investimento – a bradar uma quase inevitabilidade de Espanha e a sua banca terem de recorrer ao fundo de resgate do euro também não ajuda a bolsa madrilena.
Por outro lado, “Espanha continua no ‘olho do furacão’, em consequência da apresentação atrasada do Orçamento do Estado para 2012. O atraso nesta apresentação fez com que o cepticismo e as dúvidas em relação ao compromisso e capacidade do novo Governo [que tomou posse em Dezembro] para cumprir os objectivos definidos com a Comissão Europeia e os restantes países da Zona Euro tenham aumentado de forma substancial”, refere a Link Securities, citada pelo “El País”.
No acumulado de 2012, o índice madrileno regista uma queda de 4,85%. E porquê? Sobretudo devido à desconfiança dos investidores, numa altura em que se fala da possibilidade de Espanha ter de pedir ajuda à troika e em que os juros da dívida só têm aliviado com as injecções de liquidez por parte do BCE.
“É complicado convencer um investidor a comprar risco quando a ideia é evitar riscos. Mas isso também constitui uma oportunidade”, comentou ao jornal espanhol o director de “research” da Inverseguros, Alberto Roldán.
O facto de surgirem cada vez mais vozes – desde a Comissão Europeia aos principais economistas de bancos de investimento – a bradar uma quase inevitabilidade de Espanha e a sua banca terem de recorrer ao fundo de resgate do euro também não ajuda a bolsa madrilena.
Por outro lado, “Espanha continua no ‘olho do furacão’, em consequência da apresentação atrasada do Orçamento do Estado para 2012. O atraso nesta apresentação fez com que o cepticismo e as dúvidas em relação ao compromisso e capacidade do novo Governo [que tomou posse em Dezembro] para cumprir os objectivos definidos com a Comissão Europeia e os restantes países da Zona Euro tenham aumentado de forma substancial”, refere a Link Securities, citada pelo “El País”.