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Monti: "Espanha está a dar grandes motivos de preocupação à Europa"

A situação económica em Espanha poderá provocar "um efeito de contágio que se pode expandir pelo continente", disse o primeiro-ministro de Itália, Mario Monti.

24 de Março de 2012 às 19:59
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O primeiro-ministro italiano disse hoje que a situação em Espanha está a preocupar a Europa e pode contagiar o resto da União Europeia (UE), mas admitiu também que Itália não está numa situação “brilhante”, apesar das medidas de austeridade.

A situação económica em Espanha poderá provocar “um efeito de contágio que se pode expandir pelo continente”, disse o primeiro-ministro Mario Monti, numa conferência da Confederação Geral de Comércio italiana, que decorreu em Cernobbio, no Norte do país.

“Espanha realizou uma reforma laboral incontestável, muito incisiva, mas não prestou a mesma atenção às contas públicas. Está a dar a toda a Europa motivos de grande preocupação, porque as suas taxas de juro estão a subir, e basta pouco para recrear fenómenos que, através de contágio, nos podem afectar a todos”, acrescentou Monti.

O primeiro-ministro italiano acrescentou que a situação em Espanha “é muito desagradável” e pode ter como consequência “fazer Itália retroceder vários meses”.

Espanha não conseguiu cumprir as metas de 2011 para a redução do défice público para 6% do produto interno bruto (PIB), tendo o défice fixando-se nos 8,51%.

Para 2012, Madrid conseguiu negociar com a UE um objetivo de 5,3%, mais fácil de cumprir do que os anteriores 4,4%, mas prometeu cumprir os 3% acordados para 2013.

Na sua intervenção, Monti disse que não pode prometer para Itália crescimento em 2012, apenas menos recessão, desde que tenha apoio de toda a classe política italiana.

“É preciso manter as expetativas em níveis modestos. O país não está numa situação brilhante onde se possa fazer promessas”, afirmou, um dia depois de o Conselho de Ministros italiano ter aprovado um projeto de lei de reforma laboral, num processo de reforma laboral que os sindicatos contestam.

“Não podemos pensar que já resolvemos os problemas mais urgentes, Infelizmente, não é possível resolver num ano, ou em cinco meses, o que foi construído durante decénios”, acrescentou o líder italiano.
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