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Grupo Suncity suspende negociação na bolsa de valores de Hong Kong

O gigante dos casinos de Macau suspendeu a negociação, depois do seu CEO ter suspeita de liderar um grupo criminoso de jogo transfronteiriço.

Bloomberg
29 de Novembro de 2021 às 07:35
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A empresa Suncity Group Holdings Limited anunciou esta segunda-feira a suspensão da negociação das ações da companhia na bolsa de valores de Hong Kong, na sequência da detenção do diretor executivo Alvin Chau, no sábado.

O grupo Suncity, o maior angariador do mundo de grandes apostadores, presente em mais de 40% dos casinos de Macau, indicou que "a suspensão entraria em vigor a partir das 09:00 [01:00 em Lisboa] de hoje", de acordo com um comunicado.

No domingo, num outro comunicado à bolsa de valores de Hong Kong, a direção da companhia indicou que "as notícias em relação aos assuntos pessoais de Chau (...) não têm qualquer impacto material na posição financeira, negócios ou operações do grupo".

O diretor executivo do Suncity foi detido, no sábado, em Macau, por suspeita de liderar um grupo criminoso de jogo transfronteiriço e na sequência de um mandado de detenção emitido por autoridades da China.

Alvin Chau "é suspeito de criar um grupo criminoso de jogo transfronteiriço, organização ilegal de operações de jogo envolvendo cidadãos chineses em salas de jogo no exterior, das quais ele é concessionário, e de participar em atividades de jogo de rede transfronteiriça, envolvendo enormes quantias de capital, tendo prejudicado gravemente a ordem social do país", indicaram, em comunicado, as autoridades de Macau.

Na sexta-feira, a procuradoria da cidade de Wenzhou, no leste da China, exortou Alvin Chau a entregar-se às autoridades e a cooperar com a investigação.

Segundo o comunicado emitido pela polícia local, Chau terá aliciado, no total, 80 mil apostadores do continente.

Chau desenvolveu uma rede de pessoal no interior da China, para organizar visitas a salas de jogo no exterior e participar em atividades de jogo 'online' transfronteiriças, lê-se na mesma nota.

O residente de Macau é acusado de estabelecer uma empresa de gestão de ativos na China continental para facilitar a troca de ativos por fichas de jogo, de forma a contornar o restrito controlo de saída de capitais no continente e facilitar a cobrança de dívidas contraídas pelos clientes.

A mesma fonte apurou que Chau criou uma plataforma 'online' de jogos de azar nas Filipinas e em outros locais, em 2016, visando facilitar o jogo transfronteiriço.

A polícia de Wenzhou apurou ainda a utilização de canais ilegais, como bancos clandestinos, no fornecimento de serviços de liquidação de fundos para apostadores.
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