Notícia
Galp sai beneficiada com OPA da Shell à Cove Energy
Preço-alvo atribuído pelo BPI à petrolífera nacional poderá subir 0,90 euros por acção, na sequência do anúncio de uma OPA da Shell sobre a Cove, que tem uma participação num bloco de gás natural em Moçambique.
A OPA da Shell sobre a Cove Energy é positiva para a Galp Energia. A opinião é das casas de investimento do BES e do BPI.
A Royal Dutch Shell pretende fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à Cove Energy, cujo principal activo é uma participação de 8,5% na área 1 da Bacia de Rovuma, em Moçambique.
Prémio de 73% face a 4 de Janeiro
A OPA da Shell sobre a Cove cifra-se em 994,4 milhões de libras (1,19 mil milhões de euros), o que corresponde a 195 pence por acção. O valor representa um prémio de 26% face ao preço de fecho de ontem da Cove.
Contudo, o prémio é de 73% quando comparado com o valor a que as acções da companhia estavam a negociar a 4 de Janeiro, antes de a irlandesa anunciar a intenção de ser comprada, assinala o “Wall Street Journal”.
O Conselho de Administração da empresa afirmou que espera recomendar a proposta aos accionistas, quando esta se tornar formal. A operação estará ainda dependente de aprovação dos reguladores e do consentimento do Governo moçambicano.
Como é que a operação se relaciona com a Galp?
O principal activo da Cove Energy é uma participação de 8,5% na área de exploração 1 da Bacia de Rovuma, em Moçambique. Uma área que terá recursos na ordem dos 30 milhões de pés cúbicos. A área 1 está situada nas proximidades da área 4, em que a Galp Energia tem uma posição de 10% no consórcio liderado pela italiana Eni.
A notícia tem um impacto “positivo” na opinião tanto dos analistas do BESI como do BPI Equity Research.
“O facto de uma grande petrolífera como a Shell estar disposta a pagar um prémio destes para adquirir a Cove dá um maior suporte ao valor económico da Bacia de Rovuma”, comentam Filipe Rosa e Manuel Albuquerque na nota diária do BESI.
A casa de investimento do BES avalia a participação de 10% da Galp em 2 mil milhões de dólares (1,51 mil milhões de euros). O preço-alvo para a empresa liderada por Ferreira de Oliveira é, neste momento, de 18,30 euros, com uma recomendação de “comprar”.
“Valor de referência valioso”
“A oferta confere um valor de referência valioso para os activos de gás de Moçambique”, indicam Bruno Silva, Flora Trinda e Gonzalo Sanchez-Bordona, do BPI.
Os activos da Cove Energy estão avaliados em recursos de 30 biliões de pés cúbicos de gás natural e, ainda na semana passada, a Galp aumentou também a estimativa de recursos para este sector até 30 biliões de pés cúbicos ou 850 mil milhões de metros cúbicos.
“Assumindo uma taxa de recuperação de 80% e o múltiplo implícito na Cove, o nosso preço-alvo irá aumentar 5% ou 0,9 euros por acção”, escreve o BPI que, até aqui, atribui um “target” de 18,40 euros, com uma recomendação de “comprar”.
Em bolsa, a petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira está a avançar 1,31% para negociar nos 12,77 euros. Já a Cove Energy dispara 24,76% para 192,75 pence, ao passo que a Shell está praticamente inalterada ao somar uns ligeiros 0,02% para 2.304 pence em Londres.
A Royal Dutch Shell pretende fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à Cove Energy, cujo principal activo é uma participação de 8,5% na área 1 da Bacia de Rovuma, em Moçambique.
A OPA da Shell sobre a Cove cifra-se em 994,4 milhões de libras (1,19 mil milhões de euros), o que corresponde a 195 pence por acção. O valor representa um prémio de 26% face ao preço de fecho de ontem da Cove.
Contudo, o prémio é de 73% quando comparado com o valor a que as acções da companhia estavam a negociar a 4 de Janeiro, antes de a irlandesa anunciar a intenção de ser comprada, assinala o “Wall Street Journal”.
O Conselho de Administração da empresa afirmou que espera recomendar a proposta aos accionistas, quando esta se tornar formal. A operação estará ainda dependente de aprovação dos reguladores e do consentimento do Governo moçambicano.
Como é que a operação se relaciona com a Galp?
O principal activo da Cove Energy é uma participação de 8,5% na área de exploração 1 da Bacia de Rovuma, em Moçambique. Uma área que terá recursos na ordem dos 30 milhões de pés cúbicos. A área 1 está situada nas proximidades da área 4, em que a Galp Energia tem uma posição de 10% no consórcio liderado pela italiana Eni.
A notícia tem um impacto “positivo” na opinião tanto dos analistas do BESI como do BPI Equity Research.
“O facto de uma grande petrolífera como a Shell estar disposta a pagar um prémio destes para adquirir a Cove dá um maior suporte ao valor económico da Bacia de Rovuma”, comentam Filipe Rosa e Manuel Albuquerque na nota diária do BESI.
A casa de investimento do BES avalia a participação de 10% da Galp em 2 mil milhões de dólares (1,51 mil milhões de euros). O preço-alvo para a empresa liderada por Ferreira de Oliveira é, neste momento, de 18,30 euros, com uma recomendação de “comprar”.
“Valor de referência valioso”
“A oferta confere um valor de referência valioso para os activos de gás de Moçambique”, indicam Bruno Silva, Flora Trinda e Gonzalo Sanchez-Bordona, do BPI.
Os activos da Cove Energy estão avaliados em recursos de 30 biliões de pés cúbicos de gás natural e, ainda na semana passada, a Galp aumentou também a estimativa de recursos para este sector até 30 biliões de pés cúbicos ou 850 mil milhões de metros cúbicos.
“Assumindo uma taxa de recuperação de 80% e o múltiplo implícito na Cove, o nosso preço-alvo irá aumentar 5% ou 0,9 euros por acção”, escreve o BPI que, até aqui, atribui um “target” de 18,40 euros, com uma recomendação de “comprar”.
Em bolsa, a petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira está a avançar 1,31% para negociar nos 12,77 euros. Já a Cove Energy dispara 24,76% para 192,75 pence, ao passo que a Shell está praticamente inalterada ao somar uns ligeiros 0,02% para 2.304 pence em Londres.