Notícia
Europa otimista quanto a acordo nos EUA. Petróleo regressa às perdas
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravaram-se na Zona Euro, depois de os investidores terem digerido os mais recentes dados macroeconómicos vindos dos EUA e num dia em que as principais praças europeias fecharam no verde.
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada foi inferior ao esperado, sinalizando uma maior robustez do mercado de trabalho e sustentando a manutenção da política monetária restritiva da Fed. O número situou-se nos 242 mil, abaixo dos 245 mil previstos pelos economistas.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agravou-se em 10,9 pontos base para 2,441%.
Por seu lado, os juros da dívida portuguesa a 10 anos somaram 11,1 pontos base 3,226%. Já as rendibilidades das obrigações espanholas com vencimento em 2033 agravaram 11,7 pontos base para 3,506%.
Quanto aos juros da dívida italiana com a mesma maturidade, somaram 12,7 pontos base para 4,303%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das obrigações britânicas a 10 anos cresceu 12,1 pontos base para 3,952%, no mesmo dia em que o vice-governador do Banco de Inglaterra afirmou diante do parlamento britânico que a redução do balanço da autoridade monetária pode acelerar.
Europa remata no verde com otimismo sobre acordo nos Estados Unidos
As bolsas europeias fecharam em terreno positivo, impulsionadas pelo otimismo quanto a um acordo sobre o limite de dívida nos Estados Unidos. O sentimento instalou-se depois de o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, ter revelado que poderá haver um acordo de princípio já este fim-de-semana.
O Stoxx 600, referência para a região, subiu 0,39% para 465,79 pontos, com os setores tecnológico e automóvel a darem o maior contributo (2,54% e 2,42%, respetivamente). Já o setor das utilities (água, luz e gás) foi o que mais deslizou (-1,93%).
Entre as principais movimentações, a operadora BT Group desvalorizou 5% após ter divulgado que planeia reduzir a força de trabalho em 42% ao longo dos próximos sete anos, de forma a reduzir os custos.
Já a Aston Martin viu as ações valorizarem 12,46% após ter dito que a chinesa Geely Automobile Holdings vai duplicar a sua participação na empresa.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax valorizou 1,33%, o francês CAC-40 subiu 0,64%, o italiano FTSE Mib somou 0,14%, o britânico FTSE 100 cresceu 0,25%, o espanhol Ibex 35 avançou 0,02% e o Aex, em Amesterdão, pulou 0,92%.
Petróleo regressa às quedas com olhares focados no "debt ceiling" dos EUA
Depois da subida de ontem, os preços do "ouro negro" seguem hoje perder terreno nos principais mercados internacionais, com os investidores atentos às negociações nos Estados Unidos para um aumento do tecto da dívida.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,14% para 72 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 1,18% para 76,05 dólares.
Se as negociações para um aumento do limite de endividamento do governo federal dos EUA não forem bem sucedidas, o país pode entrar em incumprimento já a 1 de julho – o que penalizaria também as compras de crude.
Sem cortes nem pausas nos juros, dólar ganha força
O dólar segue a ganhar terreno face a moedas de peso, como o euro e a libra. O movimento de valorização ocorre numa altura em que os investidores estão cada vez menos expectantes de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana comece a cortar nos juros diretores já este ano.
Além disso, também a hipótese de o banco central liderado por Jerome Powell (na foto) realizar uma pausa na subida da taxa dos juntos federais em junho foi posta em causa pela líder da instituição em Dallas.
Lorie Logan afirmou que os últimos dados económicos não justificam uma pausa na subida das taxas de juro na próxima reunião da Fed, a 14 de junho, algo que é largamente esperado pelo mercado.
O dólar australiano cai 0,62% para 0,6614 dólares, depois de a taxa de desemprego no país ter subido para 3,7% em abril, após ter tocado em mínimos de 50 anos no mês precedente.
Também a libra cai face à nota verde, a ceder 0,51% para 1,2419 dólares, depois de o vice-governador do Banco de Inglaterra ter afirmado diante do parlamento britânico que a redução do balanço da autoridade monetária pode acelerar.
Já o euro desliza 0,61% para 1,1523 dólares. O Nomura refere que esta queda da moeda única acompanhou a descida das expectativas de crescimento económico, após os dados divulgados pela China e pela Europa.
Ouro cai mais de 1% com otimismo sobre acordo do limite de dívida
O ouro segue a desvalorizar pelo terceiro dia consecutivo, numa altura em que um otimismo crescente de que será alcançado um acordo sobre o limite de endividamento nos Estados Unidos e dados do trabalho mais robustos do que o esperado reduzem a atratividade do ativo.
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada foi inferior ao esperado, sinalizando uma maior robustez do mercado de trabalho. O número situou-se nos 242 mil, abaixo dos 245 mil previstos pelos economistas.
A par destes dados, as palavras de confiança do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do presidente da maioria republicana da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, de que será possível um acordo para evitar que os Estados Unidos entrem em incumprimento - ou seja, que fiquem sem dinheiro para fazer face aos encargos - penalizou o ouro, que estava a ser beneficiado por essa possibilidade com os profissionais do setor financeiro a assumirem que o ativo seria a melhor aposta em caso de "default" dos EUA.
O metal amarelo cede 1,07% para 1.960,70 dólares por onça, a platina recua 0,74% para 1.066,02 dólares, o paládio perde 1,32% para 1.467,90 dólares e a prata desvaloriza 0,91% para 23,53 dólares.
Palavras de membro da Fed deixam Wall Street sem rumo
Os principais índices nova iorquinos abriram a sessão desta quinta-feira a negociar mistos. Os futuros chegaram a estar a negociar em alta, impulsionados por "guidance" positivo do Walmart e a possibilidade de um acordo nas negociações do tecto da dívida norte-americana, mas acabaram por se alterar com comentários da presidente da Fed de Dallas.
Lorie Logan afirmou que os últimos dados económicos não justificam uma pausa na subida das taxas de juro na próxima reunião da Fed, a 14 de junho, algo que é largamente esperado pelo mercado.
"Depois de subir a taxa de juro dos fundos federais nas últimas dez reuniões, fizemos algum progresso", disse Logan, acrescentando que "os dados nas próximas semanas podem mostrar que é apropriado não realizarmos nenhuma ação na próxima reunião. Mas hoje, ainda não estamos nesse ponto", concluiu.
O industrial Dow Jones recua 0,2% para 33.354,05 pontos, enquanto o S&P 500 cede 0,02% para 4.157,93 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,31% para 12.538,91 pontos.
O Walmart sobe 2,73%, após ter batido as expectativas dos analistas em termos de receitas e ter revisto em alta o "guidance" para as vendas anuais e os lucros no resto do ano, mesmo com os consumidores a preferirem produtos mais baratos.
Os investidores estão ainda a olhar para os dados relativos aos números de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos na semana passada que registaram uma queda, mostrando ainda alguma robustez no mercado laboral.
Euribor sobe a seis meses para novo máximo desde novembro de 2008
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis, para um novo máximo desde novembro de 2008, e a 12 meses.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,858%, mais 0,024 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje, para 3,687%, mais 0,016 pontos que na quarta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, inverteu hoje a tendência das últimas sessões, ao cair para 3,383%, menos 0,005 pontos, depois de ter avançado na quarta-feira para 3,388%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Palavras de Biden empurram Europa para o verde
Os principais índices europeus abriram a negociar esta quinta-feira com ganhos, após dois dias de perdas ou negociação inalterada. A fornecer otimismo aos investidores está um possível avanço nas negociações em torno do tecto da dívida norte-americana.
O Stoxx 600 - que reúne as 600 maiores cotadas europeias - valoriza 0,41% para 465,89 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, as ações do setor automóvel, petróleo e gás e banca registam as maiores subidas.
Entre os principais movimentos de mercado, o grupo britânico de telecomunicações BT chegou a cair mais de 10%, após revelado que planeia cortar a sua força de trabalho em 42% nos próximos sete anos, numa tentativa para reduzir custos.
Já a Burberry perde mais de 6%, mesmo depois de ter revelado um aumento das vendas no primeiro trimestre do ano. A penalizar a marca de luxo estará uma nota de "research" do Morgan Stanley que afirmou que as perspetivas de lucros para o ano fiscal de 2024 mostram que o EBITDA deverá ficar abaixo da expectativa de mercado.
"A recuperação nas ações da banca regional, juntamente com a renovada confiança de Biden em chegar a um acordo reduz dois dos maiores obstáculos para o mercado acionista", afirmou Michael Metcalfe, da State Street Global Markets, à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 1,04%, o francês CAC-40 valoriza 0,82%, o italiano FTSEMIB ganha 0,79% e o espanhol IBEX 35 avança 0,0,38%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,39%.
O britânico FTSE 100 recua 0,45%
Juros da Zona Euro agravam-se com maior apetite pelo risco
Os juros estão a agravar-se na Zona Euro, com os investidores a virarem-se para o mercado acionista e para a possibilidade de correrem maiores riscos, numa altura em que o otimismo em torno das negociações do limite da dívida norte-americana vai-se sentido também nos mercados.
A "yield" da dívida nacional a dez anos soma 4,2 pontos base para 3,157%, ao passo que a "yield" das Bunds alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - agrava-se 4,7 pontos base para 2,379%.
Os juros das obrigações italianas a dez anos sobem 4,8 pontos base para 4,225%, enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade agravam-se 4,4 pontos base para 3,433%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica somam 3,4 pontos base para 3,865%.
Dólar perto de máximos de sete semanas
O dólar está a negociar perto de um máximo de sete semanas esta quinta-feira, à medida que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCharty, estão em negociações para evitar um incumprimento a partir do dia 1 de junho.
O dólar sobe 0,14% para 0,9238 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda face a dez divisas rivais - soma igualmente 0,14% para 103,023 pontos.
"Temos algumas notícias positivas sobre as negociações do tecto da dívida... e isso está a apoiar o sentimento do mercado", afirmou Carol Kong, analista do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters, acrescentando que, "coo resultado, as 'yields' estão a subir e o mercado acionista também registou alguns ganhos".
Otimismo em torno do limite da dívida dos EUA empurra ouro para mínimos de três semanas
O ouro está a negociar no valor mais baixo em três semanas, abaixo dos 1.980 dólares por onça, numa altura em que a negociação está a ser pautada por otimismo de que os Estados Unidos conseguiram resolver a questão do limite da dívida, levando a maior risco por parte dos investidores e reduzido apelo do metal precioso.
O ouro cede 0,11% para 1.979,68 dólares por onça.
Esta quarta-feira, o presidente Joe Biden mostrou-se confiante numa acordo para aumentar o tecto da dívida, evitando assim que o país entre em incumprimento a partir de junho. "Tenho confiança na obtenção de um acordo sobre o orçamento federal e acredito que a América não entrará em ‘default’", declarou Joe Biden esta quarta-feira, pouco antes de partir para o Japão.
Petróleo inverte ganhos e perde com falta de direção
O petróleo está a desvalorizar, depois de ter chegado a subir mais de 3% na quarta-feira, sustentado por otimismo em torno da procura nos Estados Unidos. Os investidores estarão cautelosos relativamente a sinais de progresso em torno do aumento do limite da dívida norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 0,54% para 72,44 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,51% para 76,57 dólares por barril.
Uma forte queda nos "stocks" de gasolina nos Estados Unidos devido a uma subida da procura até ao nível mais elevado desde 2021 e otimismo em torno das negociações do "debt ceiling" nos Estados ajudaram o "benchmark" a ganhar mais de dois dólares na quarta-feira.
Esta quinta-feira, os investidores parecem "estar a aguardar mais informações de que um acordo venha a acontecer em breve", disse o analista ED Moya, da OANDA, à Reuters.
"O crude precisa de um sinal claro que a economia dos EUA vai evitar uma catástrofe económica ou que a recuperação económica na China está a acelerar", completou.
Futuros da Europa colocam mira no verde. Ásia encerra com ganhos
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos no início de sessão desta quinta-feira, numa altura em que reina o otimismo em torno das negociações relativamente ao limite da dívida norte-americana.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,6%.
Na Ásia, a negociação foi positiva, com as palavras de confiança relativamente ao tecto da dívida dos EUA a fazerem eco nas bolsas da região.
Os maiores ganhos foram registados pelas tecnológicas TSMC, Alibaba, bem como a Sony, depois de ter sido noticiado que a Micron Tecnology estará em vias de receber incentivos financeiros estatais para a construção de "chips" de nova geração.
"O momento positivo está a ser sustentado pelo aparecimento de um otimismo em torno das negociações do tecto da dívida dos EUA", começou por explicar a analista Hebe Chen, do IG Markets, acrescentando que "a confiança tem sido também reforçado pelos dados positivos da região, incluindo o inesperado elevado desemprego na Austrália e o baixo défice comercial do Japão".
Na China, Xangai subiu 0,8% e em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,1%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,5% e no Japão, o Topix valorizou 1,1% e o Nikkei somou 1,5%.