Notícia
Fundo do BES foi o mais afectado em Espanha
O Banco Espírito Santo (BES) tem o fundo de investimento mais lesado em Espanha pela fraude financeira cometida pelo norte-americano Bernard L. Madoff. O fundo "Espírito Santo Renta Dinámica" tem 6,18 milhões de euros do seu património aplicado no fundo de cobertura de risco "Fairfield Sigma", que investia nos produtos de Madoff.
17 de Dezembro de 2008 às 00:01
O Banco Espírito Santo (BES) tem o fundo de investimento mais lesado em Espanha pela fraude financeira cometida pelo norte-americano Bernard L. Madoff. O fundo "Espírito Santo Renta Dinámica" tem 6,18 milhões de euros do seu património aplicado no fundo de cobertura de risco "Fairfield Sigma", que investia nos produtos de Madoff, noticiou ontem o diário espanhol "Cinco Días".
De acordo com os dados da Bloomberg, relativos ao final de Setembro, aquele investimento correspondia a 5,37% do fundo.
O diário espanhol avança com uma lista de 25 fundos afectados, em que o "Espírito Santo Renta Dinámica" é, de longe, o mais exposto à fraude. O fundo do Grupo BES investia no Fairfield Sigma, um fundo que, por sua vez, aplicava a maior parte do seu património no "hedge fund" Fairfield Sentry. Era este fundo que aplicava até 95% do capital no veículo gerido pela Bernard Madoff Investment Securities, cuja estratégia assentava no investimento em acções do índice americano S&P100, com uma estrutura de cobertura assente em opções de compra e venda.
O fundo do BES não é comercializado em Portugal, pelo que os clientes nacionais não são afectados por esta perda potencial. Mas a instituição liderada por Ricardo Salgado admitiu ontem ter uma exposição indirecta, em Portugal, de 15 milhões de euros a produtos de investimento de Madoff. Os lesados são os clientes da área de gestão discricionária de carteiras de investidores institucionais.
De acordo com os dados da Bloomberg, relativos ao final de Setembro, aquele investimento correspondia a 5,37% do fundo.
O fundo do BES não é comercializado em Portugal, pelo que os clientes nacionais não são afectados por esta perda potencial. Mas a instituição liderada por Ricardo Salgado admitiu ontem ter uma exposição indirecta, em Portugal, de 15 milhões de euros a produtos de investimento de Madoff. Os lesados são os clientes da área de gestão discricionária de carteiras de investidores institucionais.