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Fitch baixa "rating" de Crédit Agricole e outros quatro bancos europeus

Crise da dívida e o impacto nos mercados interbancários são as justificações dadas pela agência de "rating" para o corte da notação financeira de instituições de países do centro e norte europeu.

15 de Dezembro de 2011 às 07:53
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O Crédit Agricole e outros quatro bancos europeus tiveram hoje a notação de crédito da sua dívida cortada pela Fitch em um nível. A crise da dívida e as suas consequências para o financiamento dos bancos foram os motivos para o corte.

Os franceses Crédit Agricole (“A+”) e o Banque Federative du Crédit Mutuel (“A+”), o dinamarquês Danske Bank ("A"), o finlandês OP Pohjola Group (“A+”) e o holandês Rabobank (“AA”) foram os visados na avaliação da agência de notação financeira, depois de terem sido colocados em vigilância negativa em Outubro.

A justificar a redução da classificação de risco da dívida destes bancos estão os desafios enfrentados pelo sector financeiro no seu todo. Também a exposição destas instituições aos países da Zona Euro foi tida em conta pela Fitch. Além disso, as consequências indirectas no mercado como o não funcionamento dos mercados interbancários conduziu à redução da notação financeira dos bancos.

Apesar de considerar que todos os bancos têm melhorado os seus rácios de capital – “o que é positivo para os seus ‘ratings’” –, a Fitch salienta que os “desenvolvimentos gerais na economia global e a óbvia alteração na confiança nos mercados” são factores que “contrabalançam os pontos positivos”.

Depois de ter visto o seu "rating" a ser cortado pela Moody's na semana passada, o Crédit Agricole tem agora a sua dívida classificada com uma notação mais baixa também pela Fitch. Isto um dia depois de ter sido noticiado que o banco gaulês poderá vir a dispensar 2.350 pessoas nas suas operações em todo o mundo.

A Fitch, que já começou a dar conselhos para enfrentar um possível fim do euro, considerou no início desta semana que a Zona Euro pouco fez na Cimeira para aliviar a pressão que continua a estar sobre os países da região, apesar dos esforços políticos.


Recorde-se que em Novembro a Fitch decidiu cortar a notação financeira dos bancos portugueses para "lixo", a reflectir o corte realizado ao "rating" da República. CGD, BCP e BPI têm agora o "rating" de "BB+", igual ao de Portugal. "Os rácios de capital do BPI são os que estão sob maior pressão", alerta a agência.

Já este mês a mesma agência alertou para o facto de a notação máxima da França poder estar ameaçada, mas apenas se a crise da dívida soberana na Zona Euro se intensificar. O alerta foi dado pela agência de notação Fitch, no dia em que a Egan Jones cortou o "rating" para "A".


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