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Fitch já começou a dar conselhos para enfrentar o fim do euro

A probabilidade do euro acabar é "baixa". Mas pelo sim, pelo não, a agência de "rating" acaba de publicar uma espécie de primeiro manual de sobrevivência dirigido às empresas.

30 de Novembro de 2011 às 15:58
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A probabilidade de a Zona Euro se desmembrar é “baixa”, dados os “enormes custos” económicos, financeiros e políticos que acarretaria. Ainda assim, a Fitch considera útil avaliar alguns cenários hipotéticos, mesmo que também estes encerrem “um grau considerável de incerteza” sobre como se desenrolariam efectivamente na prática.

Partindo da hipótese de que a fragmentação do euro decorrerá do incumprimento da dívida de apenas um dos seus membros, a Fitch antecipa que nesse país o sistema bancário irá colapsar, a inflação disparará, a nova moeda sofrerá uma significativa depreciação, serão impostos controlos de capitais e o PIB cairá 15% logo no primeiro ano.

E as empresas? As que garantem bens e serviços de natureza universal (“utilities”), como os transportes, tenderão a sofrer falências em ampla escala, dado que estão normalmente muito dependentes das condições da procura local. As que estão integradas em consórcios internacionais estarão, à partida, menos vulneráveis, mas serão igualmente penalizadas pela desvalorização da moeda, que tornará ainda mais pesada a respectiva dívida e mais difícil a captação de recursos.

Já as indústrias beneficiam, em regra, de fontes geograficamente mais diversificadas de receitas e de fluxos de capital, o que, à partida, as tornam mais resilientes. O maior problema aqui será a liquidez – a falta de liquidez.

Para tentar evitar descidas de “rating”, a Fitch aconselha assim as empresas a, na medida do possível, “manterem perfis fortes de liquidez” , “diversificarem as fontes de rendimento e de crédito” e controlar o mais possível o endividamento – mandamentos recomendáveis em qualquer conjuntura.

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