Notícia
Fed sobe juros, mas foco está no ciclo dos aumentos em 2017
A subida da taxa de juro por parte da Fed esta quarta-feira é vista como uma "formalidade". O foco do mercado estará na forma como o banco central antecipa os impactos das políticas de Trump.
Uma "formalidade". É como os analistas encaram a subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA esta quarta-feira. Com o mercado a atribuir uma probabilidade de 100% a esse cenário, o foco vira-se já para quais as orientações futuras da entidade liderada por Janet Yellen em relação ao ritmo de subida em 2017.
Após as eleições nos EUA de 8 de Novembro, os investidores começaram a apostar num regresso da inflação , devido às políticas económicas propostas por Trump. E tentarão perceber na conferência de imprensa desta quarta-feira e nas projecções económicas que serão actualizadas pela Fed quais as expectativas da autoridade monetária e como isso poderá afectar a política monetária em 2017.
"A subida da taxa de juro por parte da Fed na próxima reunião é, nesta altura, uma formalidade. Assim, mais que essa decisão, a atenção do mercado estará nas próximas mexidas", referem os economistas do RBC Capital Markets, numa nota.
Também Richard Turnill refere numa nota que se antecipa a segunda subida das taxas de juro por parte da Fed neste ciclo. O consenso aponta para uma subida da taxa dos fundos federais dos actuais 0,25%-0,50% para 0,50 -0,75%. Mas o estratego de investimento da BlackRock refere que o "mercado tentará encontrar pistas de quantas subida se poderão seguir em 2017". A BlackRock antecipa dois novos aumentos em 2017, uma perspectiva semelhante à de uma sondagem realizada da Bloomberg junto de 41 economistas.
Mas há quem alerte que a Fed poderá ter de endurecer o ritmo das subidas acima do esperado, dadas as políticas de Trump. "Uma aceleração significativa da política orçamental causaria pressão na inflação. Isso levaria a subidas dos juros mais rápidas que o antecipado pelos participantes do mercado", refere o Commerzbank.
Além das palavras de Yellen, que se perspectivam cautelosas, as novas projecções económicas da Fed serão vistas à lupa. Principalmente as projecções para a taxa dos fundos federais nos próximos anos feitas pelos responsáveis da Fed. Apesar de considerarem que poderá não haver mexidas nesse indicador, o RBC Capital Markets alertou que eventuais revisões em alta seriam vistas pelo mercado como um sinal de ainda maior restritividade da política monetária nos EUA.
Após as eleições nos EUA de 8 de Novembro, os investidores começaram a apostar num regresso da inflação , devido às políticas económicas propostas por Trump. E tentarão perceber na conferência de imprensa desta quarta-feira e nas projecções económicas que serão actualizadas pela Fed quais as expectativas da autoridade monetária e como isso poderá afectar a política monetária em 2017.
Também Richard Turnill refere numa nota que se antecipa a segunda subida das taxas de juro por parte da Fed neste ciclo. O consenso aponta para uma subida da taxa dos fundos federais dos actuais 0,25%-0,50% para 0,50 -0,75%. Mas o estratego de investimento da BlackRock refere que o "mercado tentará encontrar pistas de quantas subida se poderão seguir em 2017". A BlackRock antecipa dois novos aumentos em 2017, uma perspectiva semelhante à de uma sondagem realizada da Bloomberg junto de 41 economistas.
Mas há quem alerte que a Fed poderá ter de endurecer o ritmo das subidas acima do esperado, dadas as políticas de Trump. "Uma aceleração significativa da política orçamental causaria pressão na inflação. Isso levaria a subidas dos juros mais rápidas que o antecipado pelos participantes do mercado", refere o Commerzbank.
Além das palavras de Yellen, que se perspectivam cautelosas, as novas projecções económicas da Fed serão vistas à lupa. Principalmente as projecções para a taxa dos fundos federais nos próximos anos feitas pelos responsáveis da Fed. Apesar de considerarem que poderá não haver mexidas nesse indicador, o RBC Capital Markets alertou que eventuais revisões em alta seriam vistas pelo mercado como um sinal de ainda maior restritividade da política monetária nos EUA.